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19ª sessão do Comité Intergovernamental para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO reuniu em Assunção, no Paraguai, entre 2 e 7 de dezembro de 2024. Foram avaliadas 58 candidaturas a integrar a lista de Património Cultural Imaterial da Humanidade, entre as quais se contaram as de vários países da América Latina que procuram, por meio da classificação, salvaguardar e divulgar expressões culturais, práticas e conhecimentos ancestrais das suas comunidades.

No âmbito das artes performativas, a Colômbia contou com a classificação dos Quadros Vivos, uma prática do município de Galeras, em Sucre, que consiste na recriação pelos munícipes de cenas religiosas, literárias, mitológicas ou da atualidade. Esta tradição transforma as ruas de Galeras em verdadeiras galerias de arte, repletas, também, de música, decoração e danças tradicionais. O próprio Paraguai viu o seu património valorizado com a classificação da guarânia, estilo musical criado no início do século XX, que se caracteriza pelos seus ritmos sincopados, que misturam tons nativos e populares, acompanhados por guitarra e contrabaixo, e por ser cantado na língua guarani.

No âmbito da gastronomia, Cuba, a República Dominicana, o Haiti, as Honduras e a Venezuela apresentaram em conjunto a candidatura das práticas de fabrico e consumo do pão de mandioca, o caçabe, um pão redondo e espalmado típico da alimentação destes países. Já o Brasil viu classificados os modos de confeção do queijo artesanal de Minas Gerais, um queijo feito com leite cru e fermento natural, cuja produção, sobretudo familiar, é uma das principais atividades económicas deste estado brasileiro.

Estas tradições vêm, assim, juntar-se à já longa lista de património imaterial latino-americano classificado pela UNESCO, que inclui outras práticas como a capoeira e o frevo brasileiros, os ponchos de 60 riscas e o ceviche peruanos e os mariachis mexicanos.

Portugal também viu a Arte Equestre integrada nesta lista, juntando-se a outras manifestações culturais como o fado e o cante alentejano. Esta prática remota ao século XVII e tem na Escola Portuguesa de Arte Equestre, sediada no Palácio de Queluz, a sua principal divulgadora

Veja a lista completa e saiba mais sobre cada uma das candidaturas no site da UNESCO.

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