A Casa da América Latina vai receber o concerto “Arapy Aguasu – Sinfonia Entre Dois Mundos”, uma cocriação musical do madeirense Norberto Cruz e do brasileiro Eduardo Martinelli, que reúne músicos madeirenses e a Orquestra Indígena do Mato Grosso do Sul (Povo Terena).
O projeto apresenta uma fusão das sonoridades portuguesa e indígena brasileira, misturando instrumentos de tradição europeia, portuguesa e indígena, inspirado-se nos sons das “marés” e das “matas”, recordando as relações Brasil / Portugal e aludindo aos recursos naturais dos territórios da Madeira e do Estado do Mato Grosso do Sul.
O espetáculo, que também visitará a ilha da Madeira, será apresentado na Casa da América Latina a 29 de agosto, dia em que se celebram os 200 anos do Tratado de Paz, Amizade e Aliança, no qual Portugal reconheceu o Brasil enquanto país independente.
ARAPY AGUASU – SINFONIA ENTRE DOIS MUNDOS é uma criação musical entre Portugal e Brasil. O projeto é uma criação de Norberto Cruz (Madeira – Portugal), juntamente com Eduardo Martinelli (Brasil), envolvendo a Orquestra Indígena do Mato Grosso do Sul (OIMS) e músicos madeirenses, numa fusão da sonoridade portuguesa e da Indígena Brasileira. O projeto tem inspiração nas sonoridades das “Marés” e da “Mata”, com uma alusão às correntes marítimas que contribuíram para a ligação destes dois territórios e aos recursos naturais que caraterizam a ilha da Madeira e o Estado do Mato Grosso do Sul (Brasil).
A OIMS é a primeira orquestra indígena do Brasil, caraterizando-se pela utilização de instrumentos da tradição europeia (instrumentos de arco), da tradição indígena (Flauta Terena, Tambor Terena, Chocalho Terena) e do Mato Grosso do Sul (viola caipira). A componente vocal também é muito presente devido à riqueza do cancioneiro indígena. Exemplo disso é o Tangará Mirim, música na língua Guarani, nome associado ao pássaro sagrado da mata Atlântica que conta a origem do povo Terena.
Estas sonoridades irão encontrar-se com as sonoridades portuguesas (Madeira e continente), utilizando os instrumentos da tradição como bandolim, braguinha, viola de arame, rajão, guitarra portuguesa, numa fusão que irá descrever, através do som, as “marés” e as “matas”, rememorando as relações Brasil / Portugal através do legado cultural dos dois países.
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Associação de Bandolins da Madeira, fundada em 2000, é uma associação cultural sem fins lucrativos, com sede no Funchal.
Em 2022 foi-lhe atribuído o estatuto de entidade de utilidade pública, pelo Governo Regional da Madeira.
No biénio 2025/26 tem o apoio financeiro da Direção-Geral das Artes/Ministério da Cultura.
