Discutidas relações entre Portugal e a Venezuela
Etiquetas: Cindy Rodríguez, Diego Gil-Fortoul, Fátima Valcarcel, Paulo Lima, Siete Lisboas
___________________________________________________________________________________A Casa da América Latina foi, no dia 4 de Junho de 2014, palco de um debate sobre as relações sociais e culturais entre Portugal e a Venezuela. Na conversa, moderada pela Programadora Cultural da CAL, Maria Xavier, o músico Diego Gil-Fortoul disse que se sente já “mais português do que venezuelano”. No seu entender, Portugal tem condições laborais mais favoráveis do que as venezuelanas, aspecto que é agravado pela constante tensão política neste país, que Gil-Fortoul deseja “que passe depressa”.
A economista Cindy Rodríguez lembrou que chegou a Portugal com apenas 10 anos, mas que continua a sentir-se ainda metade venezualana. Também presente, o escritor Paulo Lima afirmou que o seu pai – ao contrário do avô de Cindy Rodríguez – não foi bem-sucedido na Venezuela, e que esse experiência familiar foi uma das bases fundamentais para o seu livro Origem e Ruína. As visitas de Paulo Lima à Venezuela, para reencontrar o pai, moldaram a sua perspectiva sobre o país.
De acordo com Paulo Lima, há laços históricos e económicos importantes entre Portugal e a Venezuela, mas em termos culturais é possível aprofundar muito mais a ligação entre os dois países.
A jornalista Fatima Valcárcel recordou a sua experiência jornalística para dar conta de que as notícias que publicou, na sua carreira, sobre a Venezuela estavam quase sempre relacionadas com a extracção de petróleo e a empresa PDVSA. Disse que “adorou” o romance de Paulo Lima e que preparou a sua intervenção na conferência através de uma comparação da imprensa dos dois países, tendo notado um conjunto assinalável de notícias sobre Portugal na imprensa venezuelana, mas não o contrário.
A sessão terminou com um curto concerto de Diego Gil-Fortoul, que apresentou três das canções do seu mais recente álbum, A Prueba de Bala, entre as quais a música que dá o nome ao disco e uma interpretação de Sólo le pido a Dios, de Léon Gieco.
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