Conversas no Museu com Rui Horta e Elisabeth Bronfen

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Rui Horta, coreógrafo, e Elisabeth Bronfen, professora na Universidade de Zurique conversaram sobre “o corpo”, no dia 16 de Dezembro, no âmbito da iniciativa “Conversas no Museu, o corpo na obra de Frida Kahlo”, moderado por Isabel Capeloa Gil, professora doutora da Universidade Católica Portuguesa.

Esta foi a 3ª de um ciclo de conversas integradas na Exposição Frida Kahlo, as suas fotografias a decorrer no Museu da Cidade, que começaram a 4 de novembro com Hilda Trujillo Sotto, Directora da Casa Azul/Museu Frida Kahlo e Alexandre Pomar, crítico de arte sobre fotografias e histórias e continuaram em 25 de Novembro com a professora Idalina Conde do ISCTE-IUL e Frederico Pereira, ex-reitor do ISPA, sobre a biografia de Frida Kahlo.

Rui Horta abordou a relação do “corpo fragmentado, o corpo fracturado de Frida”. A distância, a amputação desse corpo, a noção de perda, o amor como uma luta e como uma fonte de energia para uma vida em permanente combate, consigo e com um corpo em degradação, foram outras das notas deixadas pelo coreografo, impressionado pela vertiginosa relação amorosa entre Diego e Frida que determinou a sua vida e a sua pintura.

Elisabeth Bronfen, reflectiu sobre o corpo fragilizado, o corpo falível, obsessivamente exposto e a relação de Frida com a morte. Frida é para ela “uma artista pop” que “recicla imagens do seu próprio corpo” e um ícone, antecipando o culto da celebridade, de estrela, um conceito profundamente contemporâneo, mas novo na década de 40, do século passado.

A próxima conversa terá lugar no dia 13 de Janeiro e versará sobre o tema “Visualidade e Memória”, com a participação de Isabel Capeloa Gil, directora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa e do realizador de cinema João Canijo.

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