Grupo Nabeiro recebe Embaixadores da América Latina

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A Casa da América Latina e o Grupo Nabeiro promoveram, no dia 19 de maio, a primeira visita empresarial com os Embaixadores da América Latina em Portugal desde o início da pandemia. Levar os Embaixadores a conhecer o tecido empresarial português tem sido, desde há vários anos, um objetivo da área económica da CAL e é uma estratégia ganhadora no que toca a criar oportunidades que possam abrir portas a futuros negócios com estes países, além de que, segundo os Embaixadores, esse contato direto com as empresas portuguesas também aproxima os países latino-americanos de Portugal.

A esse propósito, Júlio Duarte Van Humbeck, Embaixador do Paraguai disse que faz “um balanço muito positivo desta visita, uma oportunidade de conhecer o Portugal profundo, uma terra de produção, de trabalho.” Referiu ainda ter ficado “muito surpreendido com a diversificação deste Grupo Empresarial” e acreditar “que as empresas paraguaias têm muito a ganhar com este exemplo que Portugal oferece ao mundo.” No que toca à possibilidade de criação de novos negócios, este Embaixador levou uma proposta concreta para o Grupo Nabeiro avaliar: “eu quero mostrar a associação do café “português” e a stevia paraguaia. Temos de construir pontes e esta é uma ponte que a Casa da América Latina faz, e eu estou a plantar a primeira semente para um futuro negócio. O meu país é um país de trabalho e eu estou a reconhecer aqui essa mesma gente, gente de trabalho”.

Ao contrário do Paraguai, “o Peru é um país produtor de café, aliás é o 2º produtor mundial de café orgânico, não é uma produção em larga escala, mas uma produção de qualidade. E quando a produção baixa noutros países como México, o Peru pode suprir essa procura. O Grupo Nabeiro já importa esse café peruano que vende empacotado” comentou Carlos Gil de Montes, Embaixador do Peru. Acrescentou estar “pessoalmente fascinado” com este Grupo empresarial, “em primeiro lugar pelo grande trabalho feito por esta família, algo que comentei com o próprio Comendador Rui Nabeiro, que ampliou a família aos trabalhadores e isso é fundamental quando alguém quer criar uma empresa. Os trabalhadores vestem a camisola da empresa quando tratados de forma amável e preocupada.” Destacou ainda o agrado pela “consciência social como parte integrante da filosofia da empresa.” 

O Grupo Nabeiro está instalado como empresa no Brasil, inclusive com os vinhos Adega Mayor e com lojas abertas ao público. O Embaixador do Brasil Raimundo Carreiro sublinhou essa presença e lembrou que “o café do Brasil é conhecido no mundo inteiro, até o Papa bebe café do meu país, mais concretamente da zona de Espírito Santo, um café de altitude, muito especial.” O diplomata referiu ainda ter ficado impressionado com a “inovação tecnológica associada à produção de um produto ancestral”, assim como com “a transparência, a sensação de união e conhecimento, a concretização de novos negócios e a forma cuidadosa como comercializam o nosso produto.”

Por outro lado, Alejandro Zaccour Urdinola, Embaixador da Colômbia, para além da qualidade de se tratar de uma empresa de cariz familiar, referiu ter ficado verdadeiramente impressionado com a capacidade de internacionalização desta empresa, que negoceia com mais de 60 países no mundo. “No caso da Colômbia, o café não é só utilizado para fazer o blend, mas também se comercializa individualmente, como marca, só para beber e desfrutar sem mistura. Esta visita dá-nos uma perspetiva única da empresa e da forma como tratam o café colombiano que também é único” destacou. 

“O México também é um país produtor de café, sobretudo no Sul do país, região de Chiapas, Veracruz e também Oaxaca. Há comunidades indígenas Maias, no Estado de Chiapas, que se dedicam a produzir café para exportação, biológico, muito apreciado na Europa. Esta empresa já trabalha com o México, mas esta visita é uma forma de estreitar laços e tentar que se caminhe para um modelo de negócio mais próximo do que desenvolvem no Brasil” afirmou Hermann Aschentrupp, Embaixador do México. Lembrou ainda que a visita ao Grupo Nabeiro representa “uma oportunidade única para conhecer o empreendedorismo da família Nabeiro”, e que “estas visitas são uma oportunidade para os Embaixadores conhecerem a capacidade produtiva e inovação tecnológica das empresas portuguesas que, muitas vezes, é completamente desconhecida nos nossos países”, acreditando que “para as empresas é muito bom dar-se a conhecer e escutar o que nós temos para propor.”

“O que destaco desta visita à Delta não é só ser uma empresa bem-sucedida a nível produtivo. O Grupo Nabeiro serve de exemplo do que é um empreendedorismo familiar, mas é a excelente relação e a promoção social dos trabalhadores da empresa que mais valorizo. Ao contrário de outros países da América Latina presentes na visita, o Grupo Delta não importa café da República Dominicana. Assim trouxe informação e tentei sensibilizar os dirigentes do Grupo para a capacidade produtiva da República Dominicana e a qualidade do nosso café e no futuro, quem sabe sairá desta visita mais um novo negócio” comentou, por fim, determinado, o Embaixador da República Dominicana, Miguel Angel Prestol.

Artigos de imprensa sobre a visita:

TSF | A Delta e o café latino americano com sabor diplomático

DN | Da América Latina para Campo Maior: “O nosso embaixador é o melhor café expresso do mundo”

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