Literatura Futebol Clube – Usar as mãos para contar o que se faz com os pés
Etiquetas: Conversa, Futebol, Ricardo Oliveira Duarte, Sérgio Rodrigues, Vasco Mendonça
___________________________________________________________________________________22 de janeiro
19h00
Casa da América Latina
A Casa da América Latina recebe no dia 22 de janeiro, “Literatura Futebol Clube – Usar as mãos para contar o que se faz com os pés”, uma conversa literária sobre futebol que contará com a presença de Sérgio Rodrigues e Vasco Mendonça e com leitura de textos a cargo de Ricardo Oliveira Duarte (trechos de Galeano, Nelson Rodrigues, Martin Caparrós, Juan Villoro, Javier Marías, evocando Cabrera Infante…). Este evento é organizado em conjunto com a Fundação Saramago.
“O brinquedo essencial do homem é a bola. Quem ganha uma bola descobre dois mundos, o de dentro e o de fora. Um Psicólogo do futebol imagina a seguinte cena: meninos jogam na rua; a bola sobra para o cavalheiro que passa. Que fará o austero transeunte? Ficará indiferente? Devolverá a bola com as mãos? Já vimos todos nós o que ele irá fazer: o homem, sem perder a gravidade rebate a bola com o pé, aparentemente para prestar um serviço à garotada, mas na Verdade porque não resiste ao elástico e impulsivo prazer de dar um chute. É sempre um grande prazer, uma das coisas agradáveis da vida, dar um chute na bola, sobretudo quando conseguimos colocá-la na meta almejada.”
Paulo Mendes Campos
Sérgio Rodrigues é escritor, jornalista e crítico literário brasileiro, vencedor do 12º Grande Prémio Portugal Telecom de Literatura (2014) nas categorias Romance e Grande Prémio pelo livro O drible (Companhia das Letras), um drama de família que tem como pano de fundo cinco décadas de história do futebol brasileiro.
O romance O drible (2013) foi lançado em abril de 2014 na Espanha, com o título El regate e tradução de Juan Pablo Villalobos, e em francês como Dribble no ano seguinte, traduzido por Ana Sardinha e Antoine Volodine. Saiu ainda em Portugal e na Dinamarca. Segundo o jornalista João Máximo, trata-se do “melhor romance já escrito sobre futebol em qualquer idioma”
Durante o Campeonato do Mundo no Brasil, publicou no jornal francês Le Monde um folhetim policial em 24 capítulos chamado Jules Rimet, meu amor, sobre o roubo da taça da FIFA conquistada definitivamente pela seleção brasileira em 1970. O folhetim foi lançado em português no formato e-book.