Dia do Cinema Brasileiro – Homenagem a Domingos Oliveira: Projeção do filme BR716

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19 de junho, 18h30
Casa da América Latina

No dia 19 de junho, celebraremos o Dia do Cinema Brasileiro com uma homenagem a Domingos Oliveira, dramaturgo, ator, autor, realizador e premiado cineasta brasileiro, e a projeção do filme BR716.
Depois da sessão, haverá lugar a uma conversa com o ator Roberto Bomtempo, Fernando Centeio, produtor português, e Maria do Carmo Piçarra, investigadora do ICNOVA, professora na UAL, e programadora de cinema.

Tendo em vista que 2024 será um ano de comemorações dos 50 anos do “25 de Abril”, propõe-se o diálogo com “Barata Ribeiro 716”, que retrata não apenas os anos do golpe militar – Rio de Janeiro, em 1964 – como também a estética das vanguardas desse período, com referências claras à Nouvelle Vague, ao New Cinema americano e às experiências independentes de John Cassavetes.


Sobre Domingos Oliveira:

Escritor, ator, diretor, dramaturgo de tv, cinema e teatro, poeta e cineasta brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de setembro de 1936. Iniciou a sua carreira artística aos 23 anos, quando fez assistência de direção no filme “O Poeta do Castelo e Couro de Gato, no qual o poeta Manuel Bandeira era protagonista. Em 1963 foi convidado para fazer a programação da TV Globo, emissora que estrearia dois anos depois. Em 1966, Domingos Oliveira fez o filme “Todas as Mulheres do Mundo” (1967), que recebeu 12 prémios no Festival de Brasília. Em seguida, dirigiu os filmes “Edu, Coração de Ouro” (1968), “As Duas Faces da Moeda” (1969), “É Simonal” (1970) e “A Culpa” (1971). Este último recebeu a Estatueta Dama del Paraguas por sua fotografia, no Festival de Barcelona, em 1972.

Voltou para a Tv Globo em 1989 fazendo parte da equipe do Fantástico. Domingos, entre outros programas, criou, dirigiu, adaptou séries de grande sucesso, como “Ciranda Cirandinha”, “Aplauso”, “Amizade Colorida”, “Malu Mulher”, “Carga Pesada”, “Contos de Verão”.

Em 1993 lançou o livro “2 ou 3 coisas que sei dela – A VIDA”, que adaptou para o teatro e teve sua estreia em 1994, seguida de turnê.

Publicou além deste, os livros: “Os melhores anos de nossas vidas”, “Teatro Brasileiro”, “Minha vida no teatro” e “Minha vida: autobiografia”.

Em 1996 assumiu a direção do Teatro do Planetário e ganhou o Prêmio Shell de melhor texto com a peça teatral “Amores”. Em 1998 adaptou para a sétima arte e recebeu os prêmios da crítica, do público e especial do júri no Festival de Gramado daquele ano. Foi indicado ao Prêmio Shell em 2000, nas categorias autor, diretor e ator, com a peça teatral “Separações”. Texto que adaptou para o cinema, dirigiu, atuou e venceu vários prêmios. (tabela Prêmios e Indicações).

Foi em 1998 deu início a sua trilogia de Cabarés Filosóficos no teatro, que teve fim em 2002. Em 2008, entrou em cartaz sua peça “Confissões das Mulheres de 30”, montagem inspirada no grande sucesso “Confissões de Adolescente”, peça de 1992 dirigida por Domingos Oliveira e escrita por sua filha, Maria Mariana. Em 2010, o dramaturgo reestreou sua peça autobiográfica “Do Fundo do Lago Escuro” e lançou o livro Minha Vida no Teatro.

No ano de 2014 foi o grande homenageado pela Academia de Cinema Brasileira, no Theatro Municipal do RJ, e também estreou sua peça “Doppelganger – o Mito do Duplo”, lançou sua autobiografia e deu início ao seu último livro, porem primeiro e único romance “Antônio – O primeiro dia da morte de um homem”, lançado em 2015.

De 2005 até o ano de sua morte, lançou os filmes: “Carreiras”(2005), “Feminices”(2006), “Juventude”(2008), “Todo Mundo tem Problemas Sexuais”(2012), “O Primeiro Dia de um Ano Qualquer”(2013), Infância(2016/ com participação de Fernanda Montenegro), “Barata Ribeiro 716”(2017) e “Aconteceu na Quarta-feira”(2018/19).

Domingos Oliveira faleceu no Rio de Janeiro, em 23 de março de 2019.

Conheça um dos textos de Domingos Oliveira aqui.


Participantes na sessão:

Fernando Centeio

Maria do Carmo Piçarra

Roberto Bomtempo

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