O futuro das relações entre a União Europeia e a América Latina e as Caraíbas após a Cimeira UE-CELAC

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A Fundación Euroamérica e a Casa da América Latina organizaram o seminário “O futuro das relações entre a União Europeia e a América Latina e as Caraíbas após a Cimeira UE-CELAC”, no dia 6 de novembro, na Casa da América Latina.

“Oito anos após a sua última reunião, no passado mês de julho, os dirigentes da União Europeia e os dirigentes da (CELAC) reuniram-se em Bruxelas para a terceira cimeira UE-CELAC. Copresidiram à cimeira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o presidente pro tempore da CELAC, o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves. Esta Cimeira foi um importante marco político no processo de “redinamização” da parceria birregional com vista a um diálogo político de alto nível, mais regular e a uma cooperação mais estreita para enfrentar os desafios atuais. A Cimeira UE-CELAC sublinhou ainda o desejo comum às duas regiões de reforçarem os seus laços, a cooperação em fóruns multilaterais, a paz e a segurança mundiais, o comércio e o investimento, desenvolvendo ações conjuntas no combate às alterações climáticas e na manutenção da justiça e segurança dos seus cidadãos. Nunca é demais recordar que a União Europeia e a CELAC formam, em conjunto, um enorme bloco de 60 países, cuja população total excede os mil milhões de habitantes. Além disso, representam, em conjunto, um terço dos membros das Nações Unidas. Números aos quais outros não devem ficar alheios e quando bem utilizados, unidos, traduzem a força política e económica de uma parte importante do Globo”, explicou Alberto Laplaine Guimarães, Presidente da Comissão Executiva da Casa da América Latina. 

Após a abordagem política da Cimeira, o Seminário levou-nos ao Brasil, numa análise das relações políticas, comerciais e de investimento com a União Europeia. O Brasil como potência regional e mundial, um mercado de mais 220 milhões de habitantes, importante parceiro económico da União Europeia e ainda o principal sócio comercial de Portugal na América Latina. Conciliar diferentes posições políticas, perceber como se gerem essas relações comerciais com ou sem acordo UE –Mercosul, foi o tema da segunda parte do Seminário.

Por fim, em que consiste a Estratégia Global Gateway e para que serve à América Latina. A estratégia Global Gateway, como contributo da União Europeia para reduzir o défice global de investimento a nível mundial. A sua relação com o compromisso assumido pelos líderes do G7 de junho de 2021 de lançar uma parceria ao nível das infraestruturas, transparente e respondendo a padrões de elevada qualidade, a fim de satisfazer as necessidades mundiais em matéria de desenvolvimento de infraestruturas. A estratégia Global Gateway, alinhada com a Agenda 2030 das Nações Unidas e os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, bem como com o Acordo de Paris e a visão das empresas portuguesas, EDP, Mota-Engil e Grupo ETE, encerrou este Seminário, numa parceria Casa da América Latina e Fundación Europeia que saiu novamente reforçada.

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