Fórum Independência com Integração: “As boas relações entre os povos são o alicerce da relação futura entre Portugal e o Brasil”

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A comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil em 2022 abriu uma oportunidade ímpar para resgatarmos a história de como as relações entre Portugal e Europa foram decisivas para a emancipação do Brasil,  e para procurar respostas sobre como enfrentar os desafios impostos pela revolução digital, pela pandemia da saúde, pela Guerra da Ucrânia, que mudaram os paradigmas do que é uma nação independente e integrada, interna e mundialmente.

O FIBE – Fórum Independência e Integração, parceiro da Casa da América Latina, organizou um conjunto de debates para celebrar e refletir sobre as lições a retirar desse momento histórico. A iniciativa decorreu entre os dias 4 a 10 de setembro em diferentes palcos, tendo sido a CAL anfitriã em dois desses dias.

O primeiro dia de debates do Fórum Independência com Integração decorreu na Feira do Livro de Lisboa com a apresentação da obra “Minha pátria é minha língua: interseções luso-brasileiras”. Participaram a procuradora do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) Denise Tarin; o vice-presidente do FIBE José Roberto Afonso; o cônsul-Geral Adjunto de Portugal no Rio de Janeiro, João Marco de Deus e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.  A Casa da América Latina (CAL), em Lisboa, acolheu os debates temáticos estruturados a partir do tema “Desafios Ambientais”. Após as intervenções iniciais de João Paulo Terra, encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Portugal, e Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, houve lugar a uma mesa redonda  intitulada “Agenda ambiental” mediada por Antônio Grassi, ex-presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte),  com as participações de Denise Tarin (MPRJ) e Miguel Costa Matos, deputado da Assembleia da República Portuguesa. 

O programa continuou com a projeção em vídeo das imagens da exposição” Amazônia”, do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, atualmente em cartaz no Brasil. De seguida, foram apresentados os primeiros resultados da pesquisa inédita “Bicentenário da Independência do Brasil” pelo cientista político Antônio Lavareda (IPESPE) e por Nuno Santos, da Pitagórica. A pesquisa foi produzida com o apoio do FIBE e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). 

Na a última mesa redonda, intitulada “Agenda económica e urbana”, participaram Winston Fritsch, conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI); Isaac Sidney, presidente da Febraban e Miguel Pinto Luz, vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais. No final, o público foi convidado desfrutar do repertório primoroso dos músicos Gabriel Selvage e João Ventura, que foram acompanhados pela cantora Camila Masiso.

No dia seguinta, 6 de setembro, na Casa da América Latina (CAL), a agenda teve como base o tema da Governança, com desdobramentos nas questões da geopolítica e da diplomacia. As boas-vindas ao público neste segundo dia do Fórum ficaram a cargo da secretária-geral da CAL, Manuela Júdice. Logo a seguir, Antônio Lavareda (IPESPE) e Nuno Santos (Pitagórica), apresentaram a segunda parte da pessquisa “Bicentenário da Independência do Brasil”. 

O primeiro debate contou com a moderação de Fernando Esteves, do Polígrafo da SIC, e de Elizabeth Accioly, professora da Universidade Europeia; Andrés Malamud, investigador do Instituto Ciências Sociais – ICS; Winston Fritsch, conselheiro Emérito do CEBRI e Jaime Quesado, economista e investigador. 

A terminar as mesas de reflexão, o presidente do FIBE, Vitalino Canas, conduziu a moderção do painel “Agenda da Diplomacia” com as participações de António Vitor Martins Monteiro, ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal e de Mário Vilalva, ex-Embaixador do Brasil em Portugal.

O concerto musical deste segundo dia de debates do Fórum Independência com Integração foi da responsabilidade do músico Michel Nirenberg e banda.

O FIBE – Fórum Independência e Integração tem por objetivo constituir um espaço de debate público para promover, gerar e disseminar conhecimento, que contribua para a integração entre o Brasil e a Europa, bem como os demais países lusófonos. Tem o duplo propósito, não só desenvolver iniciativas de caráter cultural, acadêmica e social, incluindo a promoção de eventos e o apoio ou desenvolvimento de estudos e pesquisas, como promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências entre essas diferentes culturas.

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