Nota de pesar pelo falecimento de Francisco Ariztía

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A Casa da América Latina vem manifestar publicamente o mais profundo pesar pelo falecimento de Francisco Ariztía, pintor chileno radicado em Portugal há mais de quarenta anos.

Nascido no Chile, o pintor Francisco Ariztía instalou-se em Lisboa em 1975, depois de passar por Belgrado, Paris e Bolonha. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1989 e 1991, foi professor de desenho e pintura na Sociedade Nacional de Belas-Artes e na Escola Superior de Artes Decorativas.

Alcançou a nacionalidade portuguesa em 1988 e de 1998 a 2002 foi adido Cultural da Embaixada do Chile em Lisboa. Fez parte da comitiva portuguesa que em 2005 e 2006 participou na ARCOmadrid. Participou em várias exposições no Chile, Portugal, Espanha e no Uruguai. Parte da sua obra pode ser vista em Lisboa no Museu Gulbenkian.

Depois do golpe de estado dado por Pinochet, em 1973, Ariztía atravessou o Atlântico à procura de um novo país onde pudesse viver em democracia e em liberdade. Antes de chegar a Portugal, em 1974, participou na Bienal de Veneza. Já em território português, é inspirado pela “Revolução dos Cravos” criou um mural onde retratou as mudanças sentidas desde o tempo da ditadura até à democracia. 

Também trabalhou de perto com o realizador chileno Raul Ruiz, que filmou bastante em Portugal (o seu último filme, Linhas de Wellington, foi terminado pela viúva de Ruiz).

https://www.publico.pt/2022/09/04/culturaipsilon/noticia/pintor-francisco-ariztia-morre-78-anos-2019324

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