Adriana Nuñez – “A força mexicana combinada com a sensualidade colombiana”
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___________________________________________________________________________________“Café com Sabor a Tequila“, que se realiza no próximo dia 17 de maio, na Casa da América Latina, junta a cultura mexicana e colombiana num só espaço.
A Casa da América Latina conversou com Adriana Nuñez, diretora artística do grupo de folclore mexicano Alebrije, que irá atuar nesta festa.
Qual é a principal característica do folcore mexicano?
A principal característica é a sua riqueza e o facto de ser uma mistura de muitos rimos. Ritmos europeus, mexicanos, autóctones, africanos. É uma mistura de muitas influências, nomeadamente a espanhola, francesa, africana e do norte da Europa. O Alebrije é uma dança mestiça, há muita mestiçagem na sua expressão.
E qual é o resultado visual e sonoro dessas influências todas?
O resultado é uma mistura muito colorida, criativa e muito grande porque abarca um território extenso, que vai desde o norte do México até ao sul, de costa a costa, passando pelo interior. Ou seja, cada aldeia no México tem as suas próprias danças. É um povo que gosta muito de dançar e de se expressar.
Diria que é uma música alegre e contagiante?
Pode ser expressivamente alegre e colorida e pode contagiar uma certa alegria mas também temos um lado místico. Há danças religiosas que já não contam a alegria, têm um lado mais religioso. São danças de agradecimento à terra, e pode ser muito interessante para quem vê. Nós também gostamos de sofrer com a nossa música, de expressar o sentimento de saudade e de dor, como o fado de Portugal faz.
O que é que vão trazer à Casa da América Latina?
Fizemos um programa para nos encaixarmos com o grupo da Colômbia e combinar a força mexicana com a sensualidade colombiana, em termos de dança. Então, é um jogo com os ânimos do público. Queremos que o público queira dançar e também se impressione, vamos andar com os sentimentos para cima e para baixo. E também, claro, vamos mostrar-lhes os nossos trajes tradicionais.
Entrevista feita por: Raquel Marinho