Carla Ruaro apresenta “Raízes – Um piano na Amazónia” na CAL

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6 de Setembro
21h00
Casa da América Latina
Beberete no final do filme

O projeto “Raízes – Um piano na Amazónia” será apresentado na Casa da América Latina, dia 6 de Setembro, a partir das 21h00. Este projeto, da autoria de Carla Ruaro, é constituído pela exibição de um documentário e uma exposição de fotografia.

Em 2017, a pianista Carla Ruaro reuniu uma equipa de profissionais e juntos partiram para o seu primeiro desafio: içar um piano no interior de um barco e percorrer o rio Arapiuns no Estado do Pará dentro da reserva extrativista Tapajós-Arapiuns. Da aquisição e transporte do instrumento às oficinas e apresentações para as comunidades ribeirinhas, o projeto articula ainda uma enorme gama de ações que fortalecem os laços locais e a autovalorização de comunidades e artistas, ao verem-se representadas pelo interesse e esforço da intérprete e da sua equipa.

No interior da embarcação foram realizadas entre 2 a 4 oficinas de piano por dia, em que mais de 1000 crianças tiveram a oportunidade de assisti-las. Estes concertos foram realizados à noite à beira do rio nas comunidades de Vila Franca, Tucumã, São Pedro, Mentai, Curi, Bom Futuro, São Francisco, Atodi, Vila Gorete, Vila Brasil, Lago da Praia, Urucureá e Alter do Chão.

O projeto piloto Um Piano na Amazónia iniciou com uma extensa pesquisa sobre os compositores contemporâneos e a cultura da região amazónica. Aproximando-se dos ambientes nos quais se inspiram, vivem ou viveram os compositores, o projeto afirma o propósito de imersão, propondo-se à investigação in loco das raízes da música dessa música.

O documentário, que será narrado pelo “Piano”, conta a história da pianista que quis aproximar-se das raízes da obra que interpreta. Fascinada pelo processo de desconstrução e reconstrução da música e da intérprete e – proporcionando o nascimento de uma nova artista – ela descobre uma trajetória de vida, consciente da sua responsabilidade como artista, dando um maior sentido à sua carreira, transformando e redescobrindo a música através da experiência, do contato e da troca com compositores, povo e meio ambiente.

A direção artística ficou a cargo de Tatiana Cobbett, num projeto que contou ainda com a participação da fotógrafa Pamella Herpio e do cinegrafista João Santos.

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