Panamá, Peru e Colômbia visitam Paredes
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___________________________________________________________________________________“Paredes tem cerca de 7000 empresas que já não se circunscrevem ao universo do mobiliário, contudo só uma pequena percentagem já se internacionalizou. Iniciativas como esta permitem abrir as portas de novos mercados aos nossos empresários e partilhar experiências de quem já o faz. No caso do Panamá, do Peru e da Colômbia, falamos de mercados que somam cerca de 100 milhões de habitantes”, referiu Celso Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Paredes, na abertura da Conferência “Como negociar na América Latina, Panamá, Peru e Colômbia”, que decorreu a 20 de abril na Casa de Cultura de Paredes.
No evento estiveram presentes Celso Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Paredes, António Marques, da Associação para a Competitividade de Paredes, Ilka Varela de Bares, Embaixadora do Panamá em Portugal, Juan Luis Kuyeng, Director do OCEX – Escritório Comercial do Ministério do Comércio e Turismo do Peru, Rosário Marques, Presidente da Câmara de Comércio-Luso Colombiana e Maria João Gomes, Diretora da AICEP.
António Marques, da Associação para a Competitividade de Paredes, parceiro na organização deste evento com a Casa da América Latina, convidou os presentes para a iniciativa Expo Paredes 2017, a decorrer no final de junho, estimulando-os a dar visibilidade às suas empresas, pois quem “não aparece esquece!”.
Ilka Varela de Bares, Embaixadora do Panamá em Portugal, salientou o ambiente de negócios seguro e previsível do seu país, a importância dada ao investidor estrangeiro, que tem os mesmos direitos que os nacionais. “O Panamá definiu um plano de investimento que passa pelos sectores da logística, construção civil, infraestruturas, modernização dos portos, desenvolvimento do sector agro-alimentar, desenvolvimento da cadeia de frio, turismo (sendo a terceira potência de turismo da América Latina), habitação, oferecendo benefícios fiscais em zonas especiais como o Panamá Pacífico e Zona Livre de Cólon (mais utilizada). O Panamá é um grande centro de distribuição, permite a mais rápida mobilização de mercadorias do Atlântico ao Pacifico. Porém, antes de mais, há que conhecer, fica o convite para visitar o meu país e a embaixada que dirijo está à vossa disposição”, garantiu.
O Peru é geograficamente equivalente à junção de Portugal, Espanha e França. A dívida pública é 21% do PIB, mas o ano passado o crescimento foi só de 3,5% devido às consequências das intempéries que assolaram o país. “Pontes caídas, meio milhão de habitações perdidas, dezenas de auto-estradas a necessitarem de reparação. Mas se olharmos para estes eventos de uma perspetiva económica, são oportunidades para recuperar património e entrar num país quando somos necessários”, referiu Juan Luis Kuyeng, Director do OCEX – Escritório Comercial do Ministério do Comércio e Turismo do Peru. “Outro ponto que quero destacar e que revela a saúde económica do Peru: O dinheiro que negociamos é nosso, não há problemas de financiamento. O consumo disparou nos últimos anos. Os impostos para exportar e importar para o Peru são quase zero, graças ao Tratado de Livre Comércio, celebrado com a União Europeia, para além de que, neste momento, somos um dos únicos países no mundo que está a apostar em Portugal, através do OCEX. Acreditamos que Portugal deveria ser a porta de entrada para a Europa. Mas cabe aos portugueses também acreditar verdadeiramente nisso e definir uma estratégia concertada nesse sentido”, assegurou.
“A Colômbia também beneficia de semelhante Tratado de Livre Comércio e tem-se revelado um país acolhedor para as empresas portuguesas. Mais de 500 empresas portuguesas de diferentes sectores já estão neste país, espalhadas por diferentes cidades. Uma população jovem com uma classe média ávida de consumo, casas novas (oportunidades para empresas de materiais de construção), construção de infraestruturas viárias (Mota-Engil), produtos diferentes (aposta da Jerónimo Martins)… Não devemos ir com ideias pré-concebidas, a primeira visita a este mercado, deve ser para sentir o país. É mais fácil exportar da Colômbia para o Brasil do que de Portugal para o Brasil, em virtude dos tratados existentes entre estes dois países. Ainda de salientar as inúmeras Zonas Francas existentes no país e as excelentes condições que estas oferecem”, destacou Rosário Marques, Presidente da Câmara de Comércio-Luso Colombiana.
“Apostar numa estratégia de diferenciação do produto português através da inovação, do design e do valor acrescentado permite-nos o posicionamento num mercado de valor médio-alto ou alto, e é esse o posicionamento certo para estes mercados”, alertou Maria João Gomes, Diretora da AICEP, no encerramento da iniciativa.