Empresas de Castelo Branco em missão à Argentina e Chile
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___________________________________________________________________________________“Oportunidades de Negócio e Investimento no Chile e Argentina” foi o tema da conferência preparatória da próxima missão a estes dois países, a decorrer de 18 a 25 de novembro, promovida numa iniciativa conjunta da Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (ACICB), Câmara Municipal de Castelo Branco e do InovCluster – Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro.
“A missão que estamos a preparar é uma oportunidade de conhecer, dois mercados, conhecer as pessoas desses países, os hábitos, a forma como se organizam económica e comercialmente. Esta Missão Empresarial também nos dá a possibilidade de mostrar a esses países aquilo que de melhor cá temos, aquilo que nós produzimos e tudo aquilo que formos capazes de transmitir enquanto representantes de um país e de uma região”, referiu o presidente da direção da ACICB, Adelino Minhós, na abertura da sessão.
Por seu lado, Maria José Batista, vereadora da Câmara Municipal de Castelo Branco, salientou a modernidade deste novo papel das autarquias no apoio às empresas e no desenvolvimento económico do concelho: “a economia está na base de qualquer desenvolvimento, é ela que alavanca também outros sectores como o social e cultural, onde o nosso concelho tem feito grandes progressos. Sem um tecido empresarial saudável, não há criação de emprego e sem emprego, não há crescimento sustentável.”
“O papel de uma autarquia é fundamental para o crescimento da economia local, mas o papel de associações como a ACICB e a Inov-Cluster é determinante no apoio e informação ao empresário. Todos devemos fazer o nosso trabalho, mas no final do dia cabe aos empresários o risco da decisão. E esses devem decidir bem esclarecidos e preparados, só assim é possível vencer, aqui ou na América Latina”, referiu Cristina Valério da Casa da América Latina.
“No meu país os negócios fazem-se cara-a-cara. Desengane-se quem pense que emails, sem contacto prévio, resultam em negócios. É preciso ir, conhecer, mostrar-se. A Argentina está a mudar, a abrir-se, tem uma matriz industrial importante e um sector agro-alimentar competitivo e moderno. Mas ainda há muito a explorar”, referiu Rafael Patrignani, conselheiro económico da Embaixada da Argentina.
Pedro Gray da Câmara do Comércio Chile-Portugal apresentou um Chile com uma economia previsível e um amigo do empresário “as alfândegas funcionam bem, cria-se uma empresa num dia, não é necessário um sistema de faturação, pode-se utilizar a plataforma do Estado. O Chile é um país transparente, pioneiro no apoio ao empreendedor, contando com o programa StartUp Chile, que é uma referência a nível internacional. A idade do empreendedor não é importante, mas “o carácter inovador do projeto é fundamental” acrescentou.
De igual forma, Luís Santos, do Banco Santander Totta, referiu as vantagens e desvantagens destes dois mercados e o apoio que o maior Banco da América Latina pode oferecer. “O Chile é o país mais parecido com a Europa da região. Mas sendo o risco menor, o retorno é também menor. A Argentina apresenta toda uma nova abertura, um conjunto de planos reformistas, plenos de oportunidades. Mas ainda subsiste uma dose de incerteza. Logo, a equação será: risco maior, retorno maior. Mas serão vocês, os empresários, a adequar a equação a cada uma das vossas realidades empresariais”, salientou.
A diretora da AICEP, Maria João Gomes, e a diretora da InovCluster, Cláudia Domingues, encerraram o evento, colocando a tónica na diversificação dos mercados, na internacionalização como parte de uma estratégia empresarial bem definida, e na cooperação institucional, fundamental para que “todos possamos apoiar bem os nossos empresários”, concluíram.