Portugal e Espanha defendem abertura das negociações com Mercosul
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___________________________________________________________________________________Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e Espanha no seu encontro em Lisboa no passado dia 13 de abril, comprometeram-se a defender a abertura, “tão rápida quanto possível”, segundo as palavras de Augusto Santos Silva, das negociações para o acordo comercial com o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela).
Depois de salientar a relação “extraordinariamente estreita” na UE entre os dois países “vizinhos”, o homólogo espanhol José Manuel García-Margallo destacou também o “interesse especial” que ambos partilham pela América Latina. “Temos interesses e afetos no Mercosul”, referiu, lembrando que os dois países são “os grandes defensores” desta organização na Europa.
Sobre a Venezuela, em particular, o ministro português afirmou que a atual situação política no país preocupa Lisboa e Madrid tendo afirmado: “Preocupa-me especialmente que o Supremo Tribunal tenha anulado a lei que concede amnistia política, é um mau caminho e um obstáculo à reconciliação nacional, que é fundamental”.
O chefe da diplomacia espanhola foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito, numa cerimónia no Palácio das Necessidades, que contou com a presença dos anteriores chefes da diplomacia dos governos de Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Rui Machete.
A “homenagem ao povo espanhol e ao reino de Espanha”, e não “a um ministro em um determinado momento”, como salientou García-Margallo, ficou ainda marcada pela defesa conjunta entre os dois países de uma maior flexibilidade no que toca às regras europeias e um abrandamento da austeridade, num momento em que se identificam novos sinais de desaceleração económica.