Empresas portuguesas reúnem-se após Expocomer
Etiquetas: Empresas, Expocomer, Panamá
___________________________________________________________________________________“Saber o que é necessário melhorar no trabalho que tem vindo a ser feito, e fazer com que essa melhoria se reflita no impulso às empresas”, foi, segundo Manuela Júdice, secretária-geral da Casa da América Latina (CAL), o objetivo do encontro que, no passado dia 1 de abril, reuniu as sete empresas participantes na Expocomer 2016.
A primeira presença portuguesa na feira, que teve lugar de 9 a 12 de março, na cidade do Panamá foi promovida pela Fundação da Associação Industrial Portuguesa (AIP), com o apoio da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e do Portugal 2020, em conjunto com a CAL e as Embaixadas do Panamá em Portugal e de Portugal no Panamá.
As empresas, provenientes de diferentes ramos de atividade, reuniram-se para uma partilha de experiências e reflexão sobre os desafios que marcam a entrada na América Latina, nomeadamente no Panamá. Ao encontro compareceram também Ilka Varela de Barés, embaixadora do Panamá em Portugal e Jorge Oliveira, representante da Fundação AIP, que garantiu que “a experiência foi boa e é para continuar”.
A Embaixadora do Panamá agradeceu à CAL e à AIP pelo apoio que têm dado às atividades realizadas no país “desde sempre muito grato a esta casa”. A diplomata elogiou a presença portuguesa inédita na feira: “senti que Portugal estava representado”, salientando a importância da aquisição de novos contactos “não só do Panamá, mas também de outros países, que as empresas poderão usar futuramente”.
Entre os vários temas debatidos foi salientada a necessidade de existir um interlocutor no país de destino, o estabelecimento mais antecipado de uma bolsa de contactos e um reforço do apoio institucional às reuniões, de forma a agilizar o processo, como referiu Jorge Plácido Simões, diretor da empresa homónima. Apontada pelo sócio gerente da CARFEL, Joaquim Felgueiras, foi também a natureza multissectorial da feira, que não diminuindo a importância desta participação, deu azo ao interesse em outras feiras mais especializadas.
O representante da Panidor, Sílvio Cabecinhas, afirmou que “a experiência na feira foi um sucesso”, destacando que numa próxima oportunidade “seria importante ter uma presença portuguesa mais forte”. Luís Costa, administrador da TecnicoEmbalagem, tem opinião consonante, afirmando que a América Latina “é um mercado diferente, mas com muito potencial”, e lamentou o “tempo limitado” que se impõe ao conjugar a presença no stand com as reuniões bilaterais, lembrando a necessidade de maximizar as deslocações, alargando o período de permanência no país para além do decorrer da feira.
A Click House, representada pelo respetivo CEO, José Lista, acrescentou que teve a oportunidade de contactar, no âmbito da feira, com empresas de vários países para além do Panamá, nomeadamente com o Brasil, Colômbia, Canadá e Estados Unidos. A Kinnova Consulting & Associados, empresa sediada no Panamá, esteve também presente no stand português, ajudando em várias questões logísticas.
David Barnabé Fernandes, diretor executivo da Prológica, mencionou ainda o contributo de plataformas online como a ConnectAmericas como “fortes aceleradores de negócio, de contatos e de conhecimento local, para o Panamá e para qualquer outro país da América Latina”. A secretária-geral da CAL lembrou a necessidade de “dar continuidade aos contactos feitos”, afirmando que esta associação está disposta a contribuir nesse sentido.