CAL exibe documentário “El Tren Popular de la Cultura”
Etiquetas: CAL, Carolina Espinoza, Chile, Documentário, El Tren Popular de la Cultura, Largo Café Estúdio
___________________________________________________________________________________19 de abril
21h30
Largo Café Estúdio – Largo do Intendente, 16 (Lisboa)
Entrada gratuita
A Casa da América Latina (CAL) apresenta, no dia 19 de abril, a projeção do documentário “El Tren Popular de la Cultura” no Largo Café Estúdio, em Lisboa. O filme será exibido pelas 21h30, contando com a presença e apresentação da realizadora chilena Carolina Espinoza.
“El Tren Popular de la Cultura” conta a história de uma iniciativa do governo de Salvador Allende, que pretendia levar a cultura a populações que a ela não tinham acesso devido à sua distância geográfica da capital. Um comboio partiu rumo ao sul do Chile em fevereiro de 1971, com cerca de 60 artistas, incluindo poetas, cantores, folcloristas, comediantes, atores e mimos. Esta caravana percorreu mais de mil quilómetros, ao longo de 40 dias consecutivos, apresentando as várias representações artísticas aos povos mais isolados do país.
A rota do “comboio cultural” fazia parte de um conjunto de medidas levadas a cabo pelo governo chileno de então, que tinha como objetivo principal a criação do Instituto Nacional de Artes e Cultura e de várias escolas de arte em todas as províncias do país.
O documentário, rodado de janeiro a julho de 2014 entre o Chile, Espanha e Argentina, foca-se na reflexão sobre as distintas experiências de intervenção cultural e aproximação das populações rurais que tiveram lugar na América Latina. Impulsionadas por governos que foram posteriormente derrotados, muitas destas histórias que tiveram o povo como protagonista foram votadas ao esquecimento.
Carolina Espinoza é realizadora, antropóloga e jornalista correspondente em Espanha, há já 16 anos, da Radio Cooperativa. El Tren Popular de la Cultura constitui o seu último trabalho, retratando, tal como afirma, “uma experiência desconhecida da história do Chile que volta a ter significância, 45 anos depois, quando se fala de cultura colaborativa e cultura comum na América Latina e na Europa”.
Projetado em cidades como Madrid, Valência, Bilbau, Barcelona, Berlim, Bruxelas, Paris, Santiago, Buenos Aires, entre outras, o documentário passa pela primeira vez por Lisboa nesta iniciativa da CAL em conjunto com o Largo Café Estúdio. “Interessa-me bastante projetar a película em cidades europeias, em especial às comunidades chilenas e latinas que nelas habitam, já que no fundo se trata um pouco de devolver à história uma experiência patrimonial e comum, cuja essência está completamente vigente e continua de outras maneiras”, explica a realizadora.
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