Adrián Oropeza na Escola de Música do Conservatório
Etiquetas: Adrián Oropeza, CAL, Embaixada do México, Escola de Música do Conservatório Nacional, México
___________________________________________________________________________________Após a sua participação no Guimarães Jazz no passado dia 8 de Novembro, com o Adrián Oropeza Trio, e aproveitando a sua visita à cidade de Lisboa, Adrián Oropeza ministrou uma aula de bateria aos alunos de percussão da Escola de Música do Conservatório Nacional.
Adrián Oropeza é licenciado em Jazz pela Escola Superior de Música do Instituto Superior de Belas Artes do México (INBA). Ingressou na música pela mão de importantes bateristas como Álvaro López, Hernán Hecht, Antonio Sánchez, Joe Porcaro y Ralph Humpries, que lhe transmitiram o estilo e a técnica neste instrumento não só no jazz mas também noutros géneros musicais.
Inspirado pela tradição musical da sua família, já que é neto do reconhecido pianista Carlos Oropeza e filho de Adrián Oropeza, director de coros e teatro musical, Adrián começou a sua trajectória em diversos musicais, entre eles, La Bella y la Bestia, Rent, El Hombre de la Mancha e Full Monty, cuja montagem o levou a diversos estados do México.
Interessado na fusão do jazz com outros estilos de música, ingressa no grupo Takesi, que procura resgatar elementos tradicionais da música boliviana, mas misturando com elementos contemporâneos, como o jazz e o funk. Editaram o disco “Tumpa” e participou nos álbuns “Voces por Bolivia” e “Nativoamerica”.
Interessado em demonstrar que a música mexicana também tem grandes possibilidades de fusão, em especial com o jazz, gravou o álbum “Texturas” em 2008 e “Mezcal” em 2011, resultantes do apoio do Fundo Nacional para a Cultura e as Artes do México, ao obter a bolsa do Programa de Fomento a Projectos Culturais. Isso também permitiu que participasse, como líder do seu trio, em diversos festivais internacionais.
Em Fevereiro esteve em Manila (Filipinas) como representante do México no Festival Internacional de Jazz (P.I. Jazz Festival) e em Setembro na Bolívia, integrando a programação do 25º Festijazz de La Paz.
Seguiu-se Paris, entre outros destinos, e agora Guimarães.
A aula, onde participaram alunos de percussão entre os 12 e os 19 anos, teve especial foco no trabalho melódico com a bateria e os diversos tipos de melodias a que este instrumento se pode adaptar, que vão desde o rock ao jazz e blues.
Adrián Oropeza referiu que as melodias se assemelham a um diálogo entre duas pessoas, um diálogo melódico que tal como numa conversa, se todos falarem ao mesmo tempo, gerará um ruído inaudível. Daí é importante saberem trabalhar os vários ritmos e expressar-se através da improvisação.
Nesse sentido, o maestro convidou os alunos a tentarem expressar sentimentos e frases comuns através dos variados sons da bateria.
Esta foi assim uma oportunidade para os alunos tomarem contacto com a visão de um músico de outro país, com uma cultura diferente, que lhes transmitiu noções básicas de como trabalhar com uma bateria, e que poderão ser aplicadas a outros instrumento de percussão com os quais eles próprios trabalham na sua formação musical.
Gostaríamos de agradecer à direcção e aos professores da Escola de Música do Conservatório Nacional pelo acolhimento desta iniciativa proposta pela Casa da América Latina; à Embaixada do México por ter possibilitado a presença do maestro em Lisboa; ao Adrián Oropeza pela disponibilidade e conhecimentos que transmitiu e, finalmente, aos alunos pelo seu interesse e aproveitamento.
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