Mario Vargas Llosa Doutor Honoris Causa

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22 de Julho de 2014
18h00
Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa
Entrada mediante convite

O escritor Mário Vargas Llosa vai receber do Reitor da Universidade Nova de Lisboa, António Rendas, o grau de Doutor Honoris Causa, proposto por Nuno Júdice, docente do Departamento de Línguas, Culturas e Literaturas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da universidade. Com o apoio da Casa da América Latina, a cerimónia vai ter lugar no dia 22 de Julho, às 18h00, no Auditório da Reitoria da UNL, no Campus de Campolide. A entrada no evento está condicionada a inscrição após convite.

A atribuição do título justifica-se pela relevância da obra no contexto da literatura ibero-americana, reconhecida, em 1994, pelo Prémio Cervantes, e, num plano mundial, pelo Nobel da Literatura, recebido em 2010. A estes adicionam-se ainda o Prémio PEN/Nabokov, o Prémio Príncipe das Astúrias e o Prémio Grinzane Cavour.

Nascido em 1936, Mário Vargas Llosa é conhecido pela sua crítica à hierarquia de castas sociais e raciais vigente ainda hoje no Peru – seu país de origem – e na América Latina. Docente universitário e político, Vargas Llosa é uma personalidade intelectual de grande vulto e um dos mais importantes escritores da América Latina e do mundo.

De acordo com o poeta Nuno Júdice, “tendo como cenário, nos primeiros romances, o Peru e o espaço social em que decorre a primeira fase da sua vida, tratando questões ligadas à iniciação e maturação do homem, Vargas Llosa criou personagens que ficam inscritos na História literária dos séculos XX e XXI. Mas vai para além da sua pátria, a que sempre se dedicou nomeadamente quando, num momento difícil, foi candidato à Presidência do Peru, os seus romances são imprescindíveis para conhecermos a História do continente sul-americano, os seus conflitos e a sua sociedade, sendo exemplos maiores ‘As guerras do fim do mundo’, em que descreve a guerra dos Canudos no Brasil, e o seu penúltimo romance de 2010, ‘O sonho do Celta’, em que traça um retrato impiedoso da colonização europeia da África negra, para além de obras que o afirmaram na transformação da linguagem romanesca do século XX, ao lado de García Márquez.”

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