Debatida história da cartografia ibero-americana
Etiquetas: Antonio Sánchez, Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, Fundação Maria Ulrich, Universidade de Lisboa
___________________________________________________________________________________Antonio Sánchez foi o convidado do segundo debate, no dia 28 de Maio de 2014, inserido no Ciclo de Conversas Entre Ibéria, Goa e Tenochtitlan: Gestão de espaços, saberes e tradições nos registos imperiais, em que o especialista do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, da Universidade de Lisboa, abordou as práticas cartográficas do período colonial espanhol no actual México.
Sánchez começou por evidenciar que os colonizadores inicialmente recorreram a desenhos indígenas que, não sendo mapas no sentido a que estavam habituados, serviam de guias exploratórios. Ainda assim, a necessidade de um mapeamento da Nova Espanha – como era designado o actual México – gerou um plano metropolitano “pretensioso e utópico”, segundo Sánchez.
A cartografia dos colonizadores, de cariz ptolomaico, foi transmitida aos indígenas aculturados, que “procuraram refundar a sua identidade através da pintura”. O projecto cartográfico, baseado em descrições de funcionários das Cortes a pintores que não vivenciaram o que pintaram, foi “louco e utópico”, com a clara intenção de “controlar o mundo”, concluiu Sánchez.