Mota-Engil mostra Amarante a Embaixadores

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A Casa da América Latina e o seu associado Mota-Engil organizaram em Amarante, nos dias 8 e 9 de março, uma jornada de trabalho com os Embaixadores do Chile, Cuba, Equador, México, Paraguai, Panamá e a Conselheira Económica do Brasil. A visita à cidade nortenha teve como objetivo dar a conhecer a estratégia e os projetos da MotaEngil, bem como as oportunidades empresariais nos setores da construção civil e ambiente nos mercados da América Latina.

A comitiva, que contou igualmente com as presenças de António Costa, presidente da CAL e da CML, António Mota, presidente do Conselho de Administração do Grupo Mota Engil, e Carlos Mota Santos, presidente da Mota-Engil América Latina, foi recebida pelo Presidente da Câmara Municipal de Amarante, Armindo Abreu, e toda a vereação nos Paços do Concelho. Os responsáveis deram a conhecer à comitiva um pouco da história do município, destacando as suas mais importantes figuras, como Amadeo de Souza-Cardoso, Teixeira de Pascoaes, António Cândido ou Agustina Bessa-Luís. Armindo Abreu abordou ainda a importância de Amarante como destino turístico, relevando a diversificada oferta do município em diversas áreas, mas complementares, como o turismo cultural e religioso, de natureza ou gastronómico. “Embora no contexto actual, a região também aposte no setor económico e empresarial, a única forma de combater a crise que assola o país”, referiu.

A este propósito, António Costa, recém-chegado de uma visita à Costa Rica e ao Panamá, salientou que a América Latina “fica do lado do mundo onde não se sente esta crise e onde vários países registam índices de crescimento assinaláveis, podendo oferecer, por isso, condições favoráveis à internacionalização das empresas portuguesas, também as da região de Amarante”. Deu como exemplo a Mota-Engil, cuja sede social se situa nesta cidade.

A jornada de trabalho prosseguiu com uma reunião na Casa da Calçada, onde António Mota apresentou o conceito Mota-Engil, uma empresa com 67 anos fundada em Angola, mas que foi através da internacionalização para países como o Peru que cresceu e se tornou uma referência a nível internacional. “O nosso mercado é África, mas o de maior crescimento é a América Latina” esclareceu.

A apresentação dos projetos do Grupo na América Latina ficou a cargo de Carlos Mota Santos, presidente da Mota-Engil América Latina que, concordando com António Costa, salientou a dinâmica daquele continente, demonstrando a estratégia concertada e ponderada da Mota-Engil em mercados como o Peru, onde está desde 1998, Brasil, México e mais recentemente Colômbia: “A América Latina é um novo mundo em crescimento, mas, estando a Mota-Engil em Portugal, podem surgir algumas limitações no que diz respeito à concretização de determinados trabalhos. Por essa razão, para qualquer empreitada ou qualquer projeto em que nos envolvamos procuramos sempre criar parcerias e alianças com pequenas empresas do país que nos recebe. Além disso, procuramos sempre quadros técnicos em cada país onde nos instalamos e adaptamos-nos a esse país. É essa a nossa forma de trabalhar”. António Mota reforçou a ideia afirmando que “em Angola somos angolanos, no Peru somos peruanos. Mais do que trabalhar sozinhos, gostamos de aprender com quem conhece a realidade desse país”.

O Embaixador de Cuba, Eduardo González Lerner, iniciou as intervenções dos diplomatas, lançando um repto à Mota-Engil: “Toda a América Latina tem concursos, obras, projetos em marcha. Há verdadeiras oportunidades de trabalho para as empresas portuguesas. Cuba está a construir o novo porto comercial, cuja primeira etapa terminará em 2014. Portanto, estimulo-vos a olhar com atenção para os outros países latino-americanos”. O Embaixador do Panamá, Federico Richa-Humbert, referiu igualmente o dinamismo do seu país, a presença de empresas portuguesas nas obras de alargamento do Canal do Panamá e oportunidades que podem surgir também nos setores do tratamento de água e resíduos sólidos no seu país. Terminou salientando a importância da relação com o porto de Sines, que foi sublinhada também por Alberto Laplaine Guimarães, vice-presidente da CAL, que referiu a sua complementariedade com o Porto de Lisboa.

“O Paraguai é o maior produtor mundial de energia hidroelétrica, contudo faltam sistemas adequados de distribuição. Estão abertos os processos de contratação e convido a Mota-Engil a procurar-nos e trabalhar connosco”, referiu Luís Fretes Carreras, Embaixador do Paraguai. A Aliança do Pacífico e as potencialidades deste novo bloco económico de livre circulação de pessoas e bens foram destacadas por Patrício Damm e Benito Andion, embaixadores do Chile e do México, respetivamente. Por sua vez, a conselheira económica brasileira, Danielle Xavier, decidiu finalizar a sua intervenção com uma mensagem de esperança: “o pessimismo traduzido pela Comunicação Social em Portugal contrasta com o esforço e a visão de internacionalização das empresas portuguesas que tenho visitado; e também com a Casa da América Latina. Essa determinação vencedora faz-me acreditar que Portugal tem instrumentos para superar esta crise, tal como o Brasil e outros países latino-americanos conseguiram em tempos ainda muito próximos”.

A estadia em Amarante terminou, no dia seguinte, com uma visita guiada pelo presidente da Câmara Municipal de Amarante ao Museu Amadeo de Souza-Cardoso e ao centro histórico da cidade, do qual mostrou as igrejas de S. Gonçalo e S. Domingos, dois dos mais importantes exemplos do património histórico e arquitetónico da cidade. Esta ação promocional teve como objetivo fazer dos diplomatas eventuais subscritores do produto Amarante nos seus países.

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