Embaixadores em Beja por novos negócios

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No dia 22 de Março, a região de Beja recebeu mais uma ronda de reuniões e visitas organizadas pela Casa da América Latina e a AIP-CCI, tendo como organizador local a Associação Empresarial da Região do Baixo Alentejo e Litoral (NERBE-AEBAL).

Os Embaixadores da Venezuela, Cuba, Panamá, Uruguai, República Dominicana, Peru, Chile e os responsáveis pelas áreas empresariais e comerciais do Equador e Colômbia escutaram a apresentação do tecido empresarial da região de Beja e Baixo Alentejo Litoral, onde se aposta num desenvolvimento sustentado nas áreas de maior procura, a agricultura e o turismo, sectores chave numa perspetiva de futuro. “São duas vertentes de investimento bilateral muito interessantes, tanto no nosso país, como do nosso país nos vossos. E o investimento só faz sentido em parceria”, defendeu o Presidente da Câmara Municipal de Beja, Jorge Pulido Valente.

José Eduardo Carvalho, presidente da AIP-CCI, anunciou que as exportações portuguesas cresceram mais 6% em janeiro de 2013 em comparação com o período homólogo em 2012. “E este é o único factor positivo da crise, revelador do esforço e do dinamismo das nossas empresas”.

“Destes roadshows, destas reuniões, já saíram negócios efetivos e isso deixa-me particularmente contente e empenhada em continuar”, acrescentou Manuela Júdice, Secretária-Geral da CAL.

Lucas Ríncon Romero, Embaixador da Venezuela, salientou que, desde que chegou, “há seis anos atrás, a relação comercial com Portugal passou de zero a mais de 150 convénios e representa agora mais 4 mil milhões de euros. Porque, refere, existiu vontade política e muito trabalho do presidente Hugo Chávez. A relação bilateral, a comissão mista ministerial, entre Portugal e a Venezuela funciona. As empresas portuguesas fazem um excelente trabalho na Venezuela e queremos continuar neste caminho”.

O Embaixador do Peru, Nestor Popolizio, reforçou a ideia de apoio a Portugal neste contexto de crise. “A América Latina é parte da solução, não parte do problema. A experiência dos alentejanos pode ser utilizada tanto no sector mineiro, como no turismo, áreas em grande desenvolvimento no Peru. O meu país também é deficitário em infra-estruturas e está a implementar um grande plano de obras públicas onde poderão participar. As tecnologias de informação também apresentam grandes oportunidades de negócio. Produtos como o azeite, o vinho e a cortiça encontram no meu país um mercado natural. O Peru não faz descriminação entre um investidor nacional e um estrangeiro e isso traz vantagens para todos”, referiu.

Durante a tarde realizaram-se visitas à Herdade Monte Novo e Figueirinha e Herdade do Vale da Rosa. Na primeira, Filipe Cameirinha Ramos, sócio gerente, mostrou todas as potencialidades dos vinhos e azeite desta herdade e na segunda, Carolina Silvestre Ferreira, uma das proprietárias da herdade, com as uvas de mesa sem grainha mais apreciadas do país, pediu aos diplomatas presentes que a ajudem “a vender o Alentejo, porque com mais investimento podemos fazer muitos mais”. E assim cumprir um desígnio deixado pelo Embaixador do Chile, Patrício Damm: partilhar os canais chilenos e peruanos de distribuição deste produto, “pois tratando-se de épocas diferentes, quando umas campanhas terminam na América Latina, começam em Portugal”. Carolina encerrou a visita declarando que “devemos e queremos partilhar informação, pois só assim podemos crescer juntos”.

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