Documentário sobre ‘Os argentinos’ na CAL
Etiquetas: Argentina, Cinema, Documentários, Série Latino-americanos, TAL
___________________________________________________________________________________20 de março
19h00
Casa da América Latina
Entrada livre
Organização: CAL e TAL TV
Los argentinos, Luis Esnal, 2006 (54’):
Com o objetivo de capturar em imagens e palavras as raízes da cultura argentina, a equipa de documentaristas percorreu 13 mil quilómetros. Pessoas e paisagens variadas foram registadas: da salina a quatro mil metros à cantina italiana em Buenos Aires. Da aldeia guaraní em Misiones às montanhas de Humahuaca. Um mergulho profundo num país complexo, graças à diversidade das suas identidades.
Documentários realizados por jovens diretores e produtoras independentes sobre o que distingue e identifica os latino-americanos. Cada documentário mostra a identidade de um país, através do olhar do cineasta. Série de 12 episódios.
“O que significa ter uma nacionalidade? […] É a tal enigma que se entregam os jovens realizadores que aceitaram o desafio da série ‘Os Latino-Americanos’, produzida pela TAL (Televisão América Latina). […] Nestes, o sinal comum mais evidente é a sobreposição da fragmentação à utopia da identidade. E é daí que o conjunto adquire sua maior força. Em vez de ceder aos encantos do folclórico ou buscar nas raízes uma suposta identidade fundada em bases míticas tampouco certas, os jovens documentaristas do projeto preferiram auscultar o presente. […] A estratégia comum aos trabalhos é percorrer os países, entrevistando gente comum. Enquanto as perguntas tentam definir o ‘uruguaio’, o ‘cubano’ etc., as respostas permanecem no terreno dos estereótipos ou da generalidade, como ‘somos gentis’, ‘somos acolhedores’, ‘somos criativos’. […] Cada trabalho não perde de vista as especificidades locais, como práticas religiosas, misturas étnicas, efeitos de migrações, de políticas econômicas e de injustiças sociais. Mas o faz na perspectiva do sujeito, sem nunca dissolvê-lo sob instâncias generalizantes. Ao desfocar o fator nação e transferir a atenção para a perspectiva individual, a série desloca-se para a realidade, na qual os simbolismos ufanistas e os delírios fascistas do passado recente, até prova ao contrário, viraram velharias guardadas no baú”
– Cássio Starling Carlos, crítico da Folha