Os equatorianos em documentário na CAL
Etiquetas: Equador, Juan Martín Cueva, Série Os Latino-americanos, TAL
___________________________________________________________________________________9 de Janeiro
19h00
Casa da América Latina
Organização: CAL e TAL TV
Os equatorianos, Juan Martín Cueva, 2008 (55’)
“Identidade? Não é algo que se herda e permanece, e sim algo que podemos transformar também”. As palavras do poeta Jorgenrique Adoum sintetizam a inquietação do documentário Os Equatorianos, Este Maldito País – músicos, agricultores, antropólogos e pescadores fazem uma reflexão em várias vozes sobre a identidade equatoriana.
Documentários realizados por jovens diretores e produtoras independentes sobre o que distingue e identifica os latino-americanos. Cada documentário mostra a identidade de um país, através do olhar do cineasta. Série de 12 episódios.
“O que significa ter uma nacionalidade? […] É a tal enigma que se entregam os jovens realizadores que aceitaram o desafio da série ‘Os Latino-Americanos’, produzida pela TAL (Televisão América Latina). […] Nestes, o sinal comum mais evidente é a sobreposição da fragmentação à utopia da identidade. E é daí que o conjunto adquire sua maior força. Em vez de ceder aos encantos do folclórico ou buscar nas raízes uma suposta identidade fundada em bases míticas tampouco certas, os jovens documentaristas do projeto preferiram auscultar o presente. […] A estratégia comum aos trabalhos é percorrer os países, entrevistando gente comum. Enquanto as perguntas tentam definir o ‘uruguaio’, o ‘cubano’ etc., as respostas permanecem no terreno dos estereótipos ou da generalidade, como ‘somos gentis’, ‘somos acolhedores’, ‘somos criativos’. […] Cada trabalho não perde de vista as especificidades locais, como práticas religiosas, misturas étnicas, efeitos de migrações, de políticas econômicas e de injustiças sociais. Mas o faz na perspectiva do sujeito, sem nunca dissolvê-lo sob instâncias generalizantes. Ao desfocar o fator nação e transferir a atenção para a perspectiva individual, a série desloca-se para a realidade, na qual os simbolismos ufanistas e os delírios fascistas do passado recente, até prova ao contrário, viraram velharias guardadas no baú”
– Cássio Starling Carlos, crítico da Folha