Metropolitana ‘À Descoberta da América III’

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Data e hora: Domingo, 18 de Novembro, 18h00
Preço: 5€ a 10€ (comprar)
Local: Teatro Camões, Passeio do Neptuno, Parque das Nações, Lisboa
Co-produção: Casa da América Latina | Metropolitana
Apoio: OPART

Direção musical: Jesús Medina

Javier Alvarez – Metro Chabacano
José Pablo Moncayo – Homenaje a Cervantes
Eduardo Angulo – Citadino
Joaquín Gutiérrez Heras – Postludio
Rodolfo Halffter – Obertura Festiva, Op. 5
Eugenio Toussaint – Danzas de la Ciudad

O maestro mexicano Jesús Medina visita-nos pelo segundo ano consecutivo para apresentar mais um concerto em que temos a oportunidade de «descobrir» a música da América Latina.

Do outro lado do Atlântico, chegam sons que conferem às formas clássicas europeias uma paleta de cores quentes e intensidades próximas de ritmos feitos dança ou paixão. Mergulhando as suas raízes em diferentes terrenos culturais, a música erudita da América Latina foi ganhando assim uma visibilidade muito própria, com um discurso individual a que a Orquestra Metropolitana de Lisboa dá mais vez espaço.

Desta vez os compositores mexicanos assumem total protagonismo. Aos inevitáveis ritmos e melodias de cariz tradicional juntam-se sonoridades contemporâneas, ecos de um país com mais de cem milhões de habitantes onde o telúrico resiste à azáfama civilizacional dos nossos dias. Metro Chabacano de Javier Alvarez dará o mote em início de programa, ideias musicais que se repetem obstinadamente sem nunca ultrapassar o mais genuíno alcance do encantamento poético.

Jesús Medina
Talentoso maestro mexicano, Jesús Medina é, desde janeiro de 2010, o novo Diretor Artístico da Orquestra Sinfónica da UANL, em Monterrey. Estudou direção de orquestra em The Pierre Monteux School, no Maine, Estados Unidos, sob a orientação de Charles Bruck, depois de ter trabalhado esta área com os professores Enrique Diemecke e Fernando Lozano na Cidade do México. Fundador da Milenium Sinfonietta, de que é Diretor Artístico desde setembro de 2008, foi diretor artístico da Orquestra de Câmara de Bellas Artes (Entre junho de 2002 e dezembro de 2010 ) e diretor de outras importantes instituições como a Filarmónica da UNAM e a Filarmónica de Querétaro.

Ao longo da sua carreira dirigiu em vários países como os Estados Unidos, Singapura, França, Espanha, Itália, Suíça, Turquia, Sérvia, República Checa, Venezuela, Brasil, Colômbia, Equador e México. Compromissos futuros levá-lo-ão a Itália, Argentina, Portugal, Áustria, Sérvia, Espanha, Colombia, Polónia, Hungria e Israel.

Itshak Perlman, Joaquim Achúcarro, Alesander Markov, Angel Romero, Horacio Gutiérrez, Elmar Oliveira, Jens Lindemann, Pierre Amoyal, Nathaniel Rosen, Mark Peskanov, Konstanty Kulka, Gyorgy Sandor, Pascal Devoyon, Fernando de la Mora, Trio Schubert de Viena, Nikita Storoyev são alguns dos mais importantes solistas com quem trabalhou.

A sua grande versatilidade permite-lhe reger, para além de obras do repertório sinfónico, música de câmara, ópera e bailado. Das óperas que dirigiu merecem especial destaque Lucia de Lamermoor de Donizetti, L’ Italiana in Algeri e La Cenerentola de Rossini no Palácio das Belas Artes, bem como um grande número de bailados com a Compañia Nacional de Danza, entre os quais Carmen, Carmina Burana, Oneguin, Romeu e Julieta, Dom Quixote, Raymonda, Coppelia, Giselle, Quebra-Nozes e também zarzuelas como La Revoltosa.

Com a Camerata de Las Americas, Jesús Medina apresentou-se nos principais festivais de música do México, com um repertório que incluía obras desde o barroco ao avant-garde. Com esta orquestra gravou três CDs: “Sabor Latino”, o segundo com o bailado em estreia mundial de “Dias de Muertos” do compositor mexicano Eugenio Toussaint, e um último intitulado “Gauguin”. Este CD foi nomeado para os Grammy Latinoamericanos de 2011, como melhor albúm clássico.

Dirigiu em estreia absoluta inúmeras obras de compositores mexicanos como Angulo, Córdobam Toussaint e Márquez, e várias estreias nacionais de obras, entre as quais Dies Irae de Penderecki e Beatus Vir de Gorecki.

Em 1991 a União Mexicana de Cronistas de Teatro e Música, nomeou-o o Melhor Maestro do Ano e em 2004 recebeu o Prémio “Gaviota” da Associação Latinoamericana de Cronistas.

Orquestra Metropolitana de Lisboa
Cesário Costa, direção artística

A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) estreou-se no dia 10 de Junho de 1992. Desde então, os seus músicos asseguram uma intensa atividade na qual a qualidade e a versatilidade têm presença constante, permitindo abordar géneros tão diversos como a Música Clássica, a Música de Câmara, o Jazz, o Fado, a Ópera, a Música Barroca ou Contemporânea, sempre com programações apelativas, proporcionando a criação de novos públicos e a afirmação do caráter inovador do projeto da Metropolitana.

Esta entidade tutela a orquestra e tem como singularidade o inter-relacionamento das práticas artística e pedagógica, beneficiando da convivência quotidiana de músicos profissionais com os alunos das suas três escolas – a Academia Superior de Orquestra, o Conservatório e a Escola Profissional. Nos programas sinfónicos, jovens intérpretes da Orquestra Académica Metropolitana juntam-se à OML, cuja constituição regular integra músicos formados na Academia. Toma assim relevo a importância que é reconhecida a esta escola e ao projeto global em que se integra.

Este desígnio, que distingue a identidade da OML por ser exemplo único no panorama musical internacional, complementa-se com a participação cívica, que se traduz na apresentação frequente em concertos de solidariedade e eventos públicos relevantes. Cabe-lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar uma programação regular junto de várias autarquias da região centro e sul, para além de promover iniciativas de descentralização cultural por todo o país.

Desde o seu início, a OML é referência incontornável do panorama orquestral nacional. Além-fronteiras, e somente um ano após a sua criação, apresentou-se em Estrasburgo e Bruxelas. Deslocou-se depois a Itália, Índia, Coreia do Sul, Macau, Tailândia e Áustria. Em 2009 tocou em Cabo-Verde, numa ocasião histórica em que, pela primeira vez, se fez ouvir uma orquestra clássica no arquipélago. No final de 2009 e início de 2010, efetuou uma digressão pela China. Mais recentemente, a ocasião do vigésimo aniversário da Metropolitana fez regressar a orquestra à capital belga. Tem gravados onze CDs – um dos quais disco de platina – para diferentes editoras, incluindo a EMI Classics, a Naxos e a RCA Classics.

Ao longo destas duas décadas, colaborou com inúmeros maestros e solistas de grande reputação nos planos nacional e internacional, de que são exemplos os maestros Christopher Hogwood, Theodor Guschlbauer, Michael Zilm, Arild Remmereit, Nicholas Kraemer, Lucas Paff, Victor Yampolsky, Joana Carneiro e Brian Schembri ou os solistas Monserrat Caballé, Kiri Te Kanawa, José Cura, José Carreras, Felicity Lott, Elisabete Matos, Leon Fleisher, Maria João Pires, Artur Pizarro, Sequeira Costa, António Rosado, Natalia Gutman, Gerardo Ribeiro, Anabela Chaves, António Menezes, Sol Gabetta, Michel Portal, Marlis Petersen, Dietrich Henschel, Thomas Walker e Mark Padmore, entre outros. Em sucessivos períodos, a direção artística esteve confiada aos maestros Miguel Graça Moura, Jean-Marc Burfin, Álvaro Cassuto e Augustin Dumay, sendo desde a temporada de 2009/2010 da responsabilidade de Cesário Costa.

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