Cerimónia de Entrega do Prémio Científico Mário Quartin Graça

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A 7ª edição do Prémio Científico Mário Quartin Graça, realizou-se no dia 16 dezembro, com a entrega de distinções a Daniele Fontoura, Vítor de Sousa e Jorge Fernando Pereira, estudantes que se evidenciaram em cada uma das categorias a concurso – Ciências Económicas e Empresariais, Ciências Sociais e Humanas e Tecnologias e Ciências Naturais, respetivamente.

“Apesar de a relação de Portugal com a América Latina ser mais óbvia a nível continental, esta que é uma das atividades mais visíveis da Casa da América Latina, destaca-se pelo seu carácter estrutural, que condensa esta relação de forma direta”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e da Comissão Executiva da CAL, Fernando Medina, durante a cerimónia. Tendo passado também pela vida académica, Fernando Medina garantiu que “quem não passou por essa aventura não valoriza esse mérito e esforço, que é ainda mais relevante quando feito com a qualidade daqueles que este prémio distingue”.

António Vieira Monteiro, Presidente Executivo do Banco Santander Totta, associado da Casa da América Latina e parceiro da mesma nesta iniciativa, deu os parabéns aos selecionados entre 86 candidaturas de doutorandos de países como Portugal, Brasil, Colômbia, Venezuela, Argentina, Chile, Panamá e Paraguai. “O mérito é essencial num país como Portugal, e para o Santander esta tem sido uma prioridade. A nossa relação com a CAL já dura à largos anos e espero que se mantenha saudável. Este ano a entrega realiza-se nas novas instalações desta associação, talvez para o ano o possamos fazer na nossa nova sede”, afirmou.

Vencedores da 7ª edição

Agradecendo a todos os que permitiram a concretização da sua tese “Um conto de dois bioprocessos”, realizada no Departamento de Química da Universidade de Aveiro, o português Jorge Fernando Brandão Pereira afirmou que “receber este prémio é um orgulho enorme, especialmente num momento em que se fala de fechar fronteiras”. “É importante sentir que a ciência no final ainda é reconhecida”, disse na sua intervenção.

Vítor Manuel Fernandes Oliveira de Sousa, também de nacionalidade portuguesa, destacou-se com a tese de douramento “Da ‘Portugalidade’ à Lusofonia”, realizada na Universidade do Minho. O investigador concluiu que “não faz sentido integrar o termo ‘Portugalidade’, recentemente ressuscitado nomeadamente no discurso político, no conceito de Lusofonia”, num trabalho que, revelou, foi fruto de uma “obsessão de vários anos”.

A brasileira Daniele dos Santos Fontoura explicou que terminar a sua tese “Envelhecimento e Mercado de Trabalho no Setor Hoteleiro Brasileiro e Português: Uma Perspetiva de Género”, com a cotutela da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, foi “um processo angustiante e por vezes solitário”. Salientando a importância de ter contado com duas experiências diversas nas instituições que a acolheram, a doutoranda lembrou que é essencial para o crescimento económico e democrático o “investimento do Estado nas universidades e centros de pesquisa”.

Os prémio de 5 mil euros foram entregues pelo júri composto por Luís Bento dos Santos, Administrador do Banco Santander Totta; Arlindo Oliveira, Presidente do Instituto Superior Técnico (IST); Manuela Júdice, Secretária-Geral da Casa da América Latina; João Proença, Reitor da Universidade Europeia; e Pedro Cardim, Professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

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