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A Casa da América Latina participou no Seminário “Os Desafios da Fileira da Construção – Mercados Externos” que decorreu no dia 18 de Abril, na sede AIP-CCI. Este seminário destinou-se a divulgar as oportunidades de negócio dirigidas à fileira da construção civil, obras públicas e engenharia associada para diferentes mercados externos, com especial enfoque no mercado latino- americano, nomeadamente Chile, Colômbia, Peru e México.

O debate teve moderação de Gonçalo Teles Gomes, director das Américas do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que identificou a América Latina como “um dos principais motores da economia mundial, dado que os seus países registaram taxas de crescimento ímpares que lhes têm permitido encetar importantes e profundas reformas sociais e económicas. Na formulação da estratégia de Portugal para a América Latina, não é naturalmente despiciendo o facto de o Brasil, a Argentina e o México pertencerem ao G20, nem o crescente peso económico de países como o Chile, a Colômbia e o Peru”, adiantou.

O painel abriu com o embaixador do Chile, Fernando Ayala, que se referiu ao dinamismo da economia chilena. Também no sector da construção civil e infra-estruturas, afirmou, “a meta do nosso governo é tornar o país numa economia desenvolvida até ao fim da década”. Frisou, igualmente, a necessidade de constância ao nível das políticas financeiras de longo prazo: “existe um consenso na classe política chilena quanto à necessidade de estabilidade em termos de políticas económicas. Essa previsibilidade é fundamental para uma correcta avaliação de risco em qualquer investimento. Nesse sentido o Chile é um país previsível”. Ayala apresentou ainda a dez razões para investir no Chile e as áreas mais interessantes de investimento para o sector.

Luís Araújo, administrador para a América Hispânica do Grupo Pestana, testemunhou o dinamismo da economia latino-americana com o investimento a realizar e já realizado por este grupo no Chile onde está em negociações para abrir um hotel no Uruguai (de momento em construção) e outro na Colômbia (onde será aberta uma unidade hoteleira em Bogotá já no próximo mês de Junho). “Estas são as novas apostas do grupo Pestana no mercado da América Latina, onde já temos outros hotéis, nomeadamente no Brasil, Argentina e Venezuela. E continuamos a trabalhar numa estratégia de abertura de um hotel em cada capital sul-americana. E isso mostra bem a confiança do grupo nas economias emergentes da América do Sul”, sublinhou.

“Se a Colômbia está na moda para Portugal, Portugal está na moda para a Colômbia”, comentou German Santamaría Barragán, embaixador da Colômbia em Portugal. “O mundo reconhece finalmente Colômbia como um destino de investimento. Segundo o Banco Mundial, Colômbia é o terceiro país mais ‘amigável’ para fazer negócios, o quinto país no mundo e o primeiro da região que mais protege os investidores e o retorno do seu investimento” refere. “Grandes empresas portuguesas como Mota-Engil e Jerónimo Martins – que se prepara para abrir mais de 500 supermercados no país – e PMEs de diferentes sectores já descobriram o potencial da economia colombiana. Os portugueses e os colombianos trabalham muito bem em conjunto e nós, na embaixada, estamos disponíveis para vos encaminhar toda a informação para vos guiar nos meandros legais de como fazer negócios na Colômbia”, referiu o embaixador.

Jesús Ponce, ministro da embaixada do Peru, partilha do mesmo entusiasmo pela vitalidade da economia latino-americana. “O Peru demonstra uma solidez macroeconómica que se traduz no facto de ter triplicado o seu PIB na última década com uma das mais baixas taxas de inflação da região. Só em 2011 a economia peruana cresceu 7%, lembrou. “O crescimento médio anual do PIB no sector da construção é de 18%, dados de 2010”. Ponce apresentou ainda dezenas de projectos em carteira para este sector para os anos de 2012 e 2013.

A estabilidade económica, o grande mercado interno, as taxas de produtividade e os fluxos de investimento estrangeiro colocam o México como um destino apetecível para o desenvolvimento de negócios. Ultrapassando a recente crise global, a economia mexicana cresceu 5,5% em 2010, impulsionada principalmente pelo comércio. As projecções de crescimento para 2011 estimam-se entre 4 e 5%, sendo que o México investe 5% de seu PIB em infra-estruturas, sublinhou Laura Garzón, conselheira comercial da embaixada do México, que terminou as apresentações destes países com um apelo aos empresários portugueses para ousarem investir no seu e nos países representados que ao contrário de Portugal “estão em franco crescimento e não estão em crise”.

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