Oportunidades de Comércio e Investimento em Cuba
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___________________________________________________________________________________[Texto de Cristina Valério, Programadora Económica da Casa da América Latina]
“Portugal hoje significa confiança e oportunidade. A América Latina hoje é sinónimo de níveis económicos em aceleração, população jovem e determinada e recursos naturais excecionais, o que torna esta relação histórica, profundamente actual e dinâmica”, referiu Pedro Pessoa e Costa, administrador da AICEP na abertura do Seminário “Cuba – Oportunidades de Comércio e Investimento”. Esta iniciativa promovida pela AICEP e Embaixada de Cuba, aconteceu por ocasião da visita a Portugal da Vice-Ministra do Comércio e Investimento, Llena Núnez Mordoche e de uma comitiva composta por vários dirigentes ao mais alto nível de áreas, como Comércio e Investimento Estrangeiro, Zona Especial de Mariel, Indústria Transformadora, Energias e Minas e Turismo.
Depois de Londres e Glasgow, Lisboa foi a cidade escolhida para uma missão que pretende relançar a relações económicas entre Cuba e Portugal, atrair investimento para estimular o crescimento do PIB e permitir a sustentabilidades da economia cubana. “Cuba cresceu até agora 2,5% do PIB, mas necessita de crescer até 6%. E acredito que com projectos como a Zona Especial de Mariel, um quadro legal muito mais favorável, a nova Lei 118 de investimento e a abertura às empresas de capital estrangeiro, conseguiremos atingir este objetivo e contamos com as empresas portuguesas para nos acompanharem neste prepósito” comentou a vice-ministra, Llena Núnez Mordoche na sua intervenção.
Um novo ambiente de investimento em Cuba detalhado pela Diretora-Geral de Investimento Estrangeiro do Ministério do Comércio Exterior e do Investimento, a estratégia de mudança da matriz energética cubana, actualmente baseada em 90% em combustível fóssil, oferecem oportunidades aliciantes para as empresas do setor das energias alternativas. “Portugal foi pioneiro no setor das energias renováveis. Cuba precisa da experiencia das empresas portuguesas e de financiamento para este tipo de projectos” comentou a Diretora do Ministério de Energia e Minas.
Outro dos setores onde existe potencial para gerar novos negócios é a recolha de lixo e reciclagem, “a prioridade na classificação de origem, permitirá a não contaminação e a possibilidade real de reciclagem. Neste sectores há muito por fazer e Portugal pode ajudar-nos a construir uma nova política de reciclagem”, destacou Adriana Barceló, Directora-Geral do Ministério da Indústria.
“Com esta nova Lei de Investimento Estrangeiro (nº 118 do Ministério do Comércio Exterior e do Investimento Estrangeiro de Cuba) o meu país apresenta novas oportunidades para as empresas portuguesas. Empresas como a Promoldes já estão com projectos/ teste e outras empresas como a Prebuild, já exportam para Cuba. Agora é a vez de outras empresas aproveitarem os bons ventos cubanos e juntarem-se a nós neste novo dinamismo da economia cubana”, reforçou Johana Tablada de la Torre, embaixadora de Cuba em Portugal no encerramento deste Seminário.
Saiba mais:
Apresentação da Vice-Ministra Llena Núnez Mordoche
Lei do Investimento Estrangeiro de Cuba