Estudo sobre Mercado do Chile apresentado na Fundação AIP
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___________________________________________________________________________________A Fundação AIP organizou, no dia 6 de julho, uma sessão de apresentação de um estudo sobre o mercado do Chile, que contou com a intervenção do Embaixador do Chile em Portugal, Germán Gerrero e o vice-presidente da CESO – Development Consultants, Rui Miguel Santos.
O adjunto do presidente da Fundação AIP, André Magrinho, abriu a sessão, explicando que “o Chile é uma das geografias que nos diz muito e faz parte do radar de economias que abordamos em conjunto com outras instituições”. Sendo “uma das mais sofisticadas economias a despontar”, como sublinha André Magrinho, o Chile constitui ainda uma “geografia que permite olhar as economias envolventes”, servindo como rampa de lançamento de negócios na região latino-americana.
O Embaixador do Chile em Portugal sublinhou a importância em “conhecer bem o campo inimigo” antes da “partida” para o investimento, fazendo uma analogia ao futebol, em que, tanto Portugal como o Chile são “campeões”. “Num momento em que têm surgido no mundo atitudes preocupantes que apontam para o protecionismo, o Chile é provavelmente o país com mais acordos de livre comércio”, afirmou Germán Guerrero, referindo que, desde a década de 90, este tem vindo a abrir as portas ao investimento exterior, numa dinâmica de parcerias, reforçada também com a criação da Aliança do Pacífico, que constitui “não só uma oportunidade para aproveitar a região, como uma ponte para a exportação com a Ásia-Pacífico”.
Rui Miguel Santos expôs os estudos da consultora portuguesa CESO, que, ao longo de 41 anos de existência, esteve já em diversos mercados. Salientou como dois principais ativos para o investimento no exterior a “ética de trabalho e a ética de negócios”, assegurando que estes são realidades “irrefutáveis” no Chile. Apesar de o país constituir um “desafio logístico”, no que toca ao seu distanciamento de Portugal, este oferece também “enormes potencialidades no contexto regional”, contando com 4300 quilómetros para explorar de Norte a Sul, rodeado por vários países, e uma diversidade imensa de climas e oportunidades.
O fator demográfico foi ainda destacado por Rui Miguel Santos, que aponta um crescimento de 18% dos habitantes, segundo dados do governo para 2020. “Para além de economia chilena crescer a um ritmo muito maior que as economias europeias, cresce também em termos demográficos, o que significa, entre outros fatores, uma muito maior capacidade de consumo”, afirmou. O crescimento económico está previsto em 35%, refletindo-se num aumento estimado do PIB per capita, num país que faz parte da Aliança do Pacífico (um mercado de 210 milhões de consumidores).
Assim, deixou como recomendação aos empresários portugueses, uma abordagem ao país numa “lógica de parceria e de aproveitamento dos incentivos ao investimento local”, garantindo que este, acima de tudo, é um mercado “previsível”, onde os negócios portugueses ainda escasseiam, mas onde os que existem têm vindo a crescer. Rui Miguel Santos revelou ainda que existe cerca de meia centena de produtos onde Portugal pode ser competitivo no Chile, com base num estudo que contrapõe as importações chilenas significativas e as exportações que os portugueses já fazem para outros países. Estudo este que estará disponível no site da Fundação AIP.