CCILM promove participação portuguesa no Aerospace Summit México
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___________________________________________________________________________________A Câmara de Comércio e Indústria Luso-Mexicana (CCILM), parceiro da Casa da América Latina organizou, no dia 1 de junho, com o apoio do Banco Santander Totta, a conferência “México: Oportunidades de Negócio no Setor Aeroespacial”.
Dirigido às empresas portuguesas da indústria aeroespacial, e com a intenção de promover “voos mais altos” para a internacionalização na América Latina, este evento serviu também para divulgar a participação portuguesa na Aerospace Summit México, que se realiza em Querétaro de 29 e 30 de setembro.
Pedro Correia, diretor do Banco Santander Totta, iniciou o evento lançando três pontos que considera essenciais para o debate sobre a internacionalização neste país: “o conhecimento dos vários mercados, a capacidade de entrada no país com boas parcerias e a definição de uma estratégia da empresa no mercado”. O administrador da AICEP, José Vital Morgado, elogiou o trabalho desenvolvido pela CCILM ao longo de 12 anos “que muito contribuiu para passarmos de 70 empresas portuguesas em 2008, para 600 empresas em 2016 a exportar bens e serviços e mais de 30 milhões de euros envolvidos, naquela que é a segunda maior economia da América Latina e a oitava a nível mundial” referiu.
Elogiando a criatividade da CCILM, e dos seus dirigentes, o embaixador do México em Portugal, Alfredo Pérez Bravo, afirma que “as empresas de tecnologia de Portugal são reconhecidas e desejadas no nosso país. Haverá em Querétaro e noutras regiões do México muitas oportunidades de negócio para elas”. Anunciando a visita do presidente da Republica Portuguesa ao México como “uma extraordinária notícia”, o diplomata antevê oportunidades acrescidas para o impulso das relações entre os dois países. “O México é o segundo sócio de Portugal na América Latina, a seguir ao Brasil, e o aeroespacial é algo de absolutamente novo e que está a crescer a uma grande velocidade”, realça. “De 2006-2015 este setor teve um crescimento anual de 14,1%. Em 2010 foi criada a Agência Espacial Mexicana que deu um novo impulso ao setor. Em 2015 este setor rendeu 6,7 milhões de dólares, com 300 empresas e 45 mil postos de trabalho criados. O México é o 7º fornecedor de peças (72,4% do total da produção) para a indústria aeronáutica dos EUA. Na minha opinião o maior desafio para os mexicanos e portugueses neste setor está na componente do desenho e engenharia. É aqui que Portugal pode dar um grande contributo de inovação tecnológica. E estou convicto que ao colocarmos engenheiros portugueses e mexicanos a trabalhar em conjunto, só podemos ser bem todos sucedidos. Portugal tem de ser o sócio preferencial do México na Europa e o México tem de o ser também na América Latina,” concluiu.
A apresentação do projecto Portugal Connect e do Aerospace Summit foi feita por Pedro Nuno Neto da CCILM, identificando o mesmo como um projeto conjunto de internacionalização dirigido a empresas portuguesas de base tecnológica que pretendem entrar ou consolidar a sua presença neste mercado. As vantagens oferecidas neste contexto incluem o enquadramento institucional através da rede de apoio da CCILM, uma estrutura de apoio à entrada e operação no mercado, a diminuição dos custos de contexto e a aceleração dos processos negociais e consolidação da presença neste país. “Querétaro é um dos clusters de aeronáutica no México e conta com 41 empresas e 7918 postos de trabalho, a Universidade da Aeronáutica esta sedeada aqui. Portugal é um país emissor de tecnologia, as nossas PMES são ágeis e flexíveis na resposta. Vamos promover Portugal, conhecer o mercado e fechar bons negócios” garantiu.