Luís Sepúlveda vence prémio Eduardo Lourenço

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O chileno Luis Sepúlveda foi galardoado, no dia 30 de abril, com o prémio Eduardo Lourenço 2016, sendo a 12ª personalidade distinguida deste modo pela sua intervenção relevante no âmbito da cooperação, cidadania e cultura ibéricas.

Elogiando o trabalho do escritor, que o torna um “mediador da cultura ibérica”, o júri salientou a difusão da sua obra ficcional em Portugal e em Espanha, “fazendo da pátria idiomática, que tem a dimensão plurinacional de vários continentes, uma aventura criadora em que o Homem é a medida de todas as coisas”.

Escritor, argumentista, jornalista e realizador chileno, Luis Sepúlveda nasceu em 1949, em Ovalle, e está atualmente radicado em Gijón, Espanha, após ter vivido na Alemanha, em França e vários países da América Latina. Integrou a guarda pessoal do presidente Salvador Allende, tendo sido obrigado a sair do país na sequência do golpe de Estado de Augusto Pinochet em 1973.

O Velho Que Lia Romances de Amor (1989), dedicado a Chico Mendes (célebre ambientalista e defensor da Amazónia), constituiu o seu maior sucesso de vendas. Patagónia Express (1995) ou As Rosas de Atacama (2000) são outros dos muitos livros do autor editados em Portugal.
Entre os membros do júri deste ano contam-se, para além do presidente da Câmara da Guarda e os reitores das universidades de Salamanca e Coimbra enquanto membros da direção do CEI, o editor Guilherme Valente, da Gradiva, o pintor Florencio Maíllo, professor na Universidade de Salamanca, e Ignacio Francia, jornalista do El País.

O galardão, instituído em 2004 pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI) na Guarda, tem um valor de 7500 euros. Seguido o princípio de alternar personalidades de língua portuguesa e espanhola, o prémio foi atribuído à romancista Agustina Bessa- Luís em 2105 , ao professor e investigador Antonio Sáez Delgado em 2014 e ao também professor e investigador latino-americano (Colômbia) Jerónimo Pizarro, em 2013.

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