Ana Luísa Amaral vence Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana

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A poetisa portuguesa Ana Luísa Amaral foi galardoada com o XXX Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana, que reconhece uma obra poética que contribui de forma significativa para o património cultural deste conjunto de países.

A Casa da América Latina conversou com a autora.


Antes de mais, parabéns! Este prémio não é um prémio qualquer. Como é que reage?

Reajo, claro, dizendo que me sinto profundamente honrada. E muitíssimo feliz. Porque realmente é um grande prémio prestigiado. Como sabe, é um prémio que abarca não só o mundo ibérico, digamos assim, mas também o mundo da América latina.

A Ana Luísa é a terceira portuguesa a ser distinguida com este prémio, depois de Sophia de Mello Breyner Andresen e Nuno Júdice. O que é que isto lhe diz?

Diz-me muitíssimo porque são grandes poetas. Não só é um prémio que me honra mas ainda estar ao lado de quem estou. Quer a Sophia (de Mello Breyner Andresen) quer o Nuno (Júdice) são poetas que muito admiro. E ainda outros poetas que muito admiro como a Ida Vitale ou o Antonio Gamoneda. Portanto, isto para mim é um prémio maravilhoso.

Para terminar, porque sabemos que o seu telefone não deve parar de tocar, queríamos que nos contasse como soube da notícia. Foi por e-mail, telefone?

Foi pelo telefone, esta manhã. Estava a passear a minha cadela no jardim e toca-me o telefone, um número de Espanha, para me darem a notícia e os parabéns.

E como ficou?

Muito feliz. Confesso que nem queria muito acreditar. Confesso que quando cheguei aqui telefonei a Antonio Saéz Delgado, da Universidade de Évora, porque a proposta para o meu prémio veio da Universidade de Évora e da Universidade do Porto, e ele disse-me que já tinha recebido um whatsapp a dar a notícia. E mal entrei em casa, tinha uma chamada do El País.


(Entrevista por Raquel Marinho)

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