Seminário “Como Fazer Negócios no Brasil”
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___________________________________________________________________________________O Brasil foi o país em destaque na sessão do seminário “Como Fazer Negócios no Brasil”, uma organização da Fundação AIP, em colaboração com a CESO, com o apoio do Novo Banco e TAAG.
No dia 10 de julho de 2018, a Fundação AIP recebeu um painel composto por André Magrinho (Adjunto do Presidente da Fundação AIP), Helena Valente (Administradora Executiva, CESO Development Consultants), Pedro Paulo d’Escragnolle-Taunay (Chefe Sector Promoção Comercial, Embaixada do Brasil em Lisboa), Pedro Silva (Departamento Comercial Internacional, Novo Banco), José Coimeiro (Administrador, Cabena) e Carla Carlos (Senior Sales, TAAG), que apresentaram o mercado brasileiro, a sua economia e as oportunidades de negócio existentes.
André Magrinho, adjunto do Presidente da Fundação AIP, abriu o Seminário referindo que o Brasil não é um “mundo fácil”, mas que representa uma “economia com enorme potencial e mais de 200 milhões de consumidores”.
A administradora executiva da CESO, Helena Valente, apresentou vários dados estatísticos referentes às relações comerciais do Brasil, destacando o facto do Brasil ter sido o 10.º destino das Exportações Portuguesas (1,71%) e o 10.º fornecedor de Portugal (1,77%), referindo o azeite, o vinho e o bacalhau como alguns dos principais produtos exportados. As margens de progressão foram outro dos tópicos abordados: e segundo cálculos da CESO, moldes, quadros eléctricos e pneus novos são produtos com vantagem comparativa revelada e nos quais Portugal devia fazer uma aposta sólida.
Seguiu-se-lhe Pedro Taunay, que aludiu à visita de Aníbal Cavaco Silva ao Brasil para mencionar a “solidez” das relações do Brasil com Portugal desde então e vincou a ideia de “Portugal estar na moda”, facilitando o interesse de investidores. Numa intervenção em que agradeceu o “firme” apoio do governo português, o Chefe do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil em Lisboa adiantou que o investimento brasileiro em Portugal ultrapassou o de Portugal no Brasil, recordando a Embraer e deu ainda o exemplo das centenas de estudantes brasileiros que cada vez mais escolhem Portugal para realizar os seus estudos universitários.
Pedro Silva, do Departamento Internacional do Novo Banco, que abordou os riscos inerentes ao comércio internacional, a abordagem ao mercado alvo e o Investimento Direto Estrangeiro (IDE), deu a conhecer a ferramenta de negócio “Fine Trade”, disponível online e que apresenta os potenciais mercados para cada produto.
José Coimeiro, administrador da Cabena, falou-nos, com base na sua experiência enquanto investidor na Bahia, das dificuldades e do tempo que demora o processo de decisão, que se relaciona com a avaliação das oportunidades de negócio e da disponibilidade de parceiros credíveis para o investimento, e de quais os sectores estratégicos e oportunidades de negócio, um deles o agro-alimentar, sector onde a Cabena investiu. Coimeiro referiu ainda que o acompanhamento do investimento deve ser muito próximo, “vou nove vezes por ano em trabalho ao Brasil” e que “os portugueses devem aproveitar a Lei da Reciprocidade que nos dá um tratamento de excepção neste país, devendo ser analisada na hora da decisão. O Brasil é difícil, mas vale a pena!” destacou.
A última participação ficou a cargo de Carla Carlos, da TAAG, por ocasião da companhia que “está a trabalhar para ser a maior de África” já disponibilizar voos diretos para São Paulo e Rio de Janeiro.
No final, houve ainda espaço para desenvolver a rede de networking com os intervenientes e outros participantes na sessão.