Exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas” na Casa das Galeotas
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___________________________________________________________________________________Permanece patente, até dia 30 de abril, a exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas”, organizada pela UCCLA – União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa, que trouxe 63 artistas de 3 continentes à Casa das Galeotas (sede conjunta desta instituição com a Casa da América Latina).
Trata-se de uma iniciativa da UCCLA e do Colectivo Multimédia Perve, que conta com o apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa e do Museu Coleção Berardo.
Esta mostra conta com a presença de 63 importantes autores, oriundos de África (Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique e São Tomé e Príncipe), Península Ibérica (Portugal e Espanha) e continente americano (Brasil, Chile, Argentina e Cuba), que são exemplo: Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, Salvador Dalí, Pablo Picasso, Joan Miró, Malangatana, Wifredo Lam, Marcelo Grassmann, Fernando Botero, Eduardo Nery, Mito, entre tantos outros.
O programa artístico desta exposição, da responsabilidade do curador Cabral Nunes, está organizado em três núcleos, organizados em torno de núcleos dedicados aos temas “Autoritarismo, Ditames e Resistência”, “O Dealbar das Democracias” e “Presente Futuro”, por forma a refletir sobre os percursos e conexões que a arte, produzida num contexto Afro-Ibero-Americano, tem registado, em especial a que foi materializada a partir da década de 1940, até ao presente.
1º Núcleo Temático: “Autoritarismo, Ditames e Resistência”
O primeiro momento expositivo integra obras de autores cujo trabalho começou a afirmar- se durante o período em que vigoraram regimes autoritários fascistas na Península Ibérica (Estado Novo 1933-74 e Franquismo 1939-75), nos países colonizados em África e durante as ditaduras militares que vigoraram na América Latina no decurso da Guerra Fria, que medeia o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Esse foi um período de enorme violência à qual a generalidade dos artistas se opôs, resistindo e enfrentando, através da arte, o jugo ditatorial.
2º Núcleo Temático: “O dealbar das democracias”
Segundo momento expositivo, integrando obras realizadas no decurso (e após) os processos revolucionários de afirmação democrática na América Latina, África e também em Espanha e Portugal, onde a liberdade que se seguiu a décadas de repressão se fez sentir de modo particular no desenvolvimento artístico.
3º Núcleo Temático: “Presente-Futuro”
Terceiro e último momento da mostra, procura apresentar a criação artística que se tem vindo a verificar na contemporaneidade, fruto de uma geração que, felizmente, não passou pelas agruras das gerações precedentes mas que, num contexto de mundo interconectado, enfrenta desafios de validação e identidade quiçá nunca antes observados no meio artístico. Esta geração de autores tem conseguido precisamente isso: a sua afirmação no contexto de democracias consolidadas ou das que ainda estão em processo de consolidação, não fugindo à responsabilidade de enfrentar os (novos) desafios colocados pela era da Globalização.
Horário:
De terça a domingo, das 10 às 18 horas. A segunda-feira é reservada às Escolas. Até 30 de abril de 2017
Entradas:
Entrada de 3€. Quem adquirir o catálogo, de 10€, tem entrada grátis.
Estarão isentas crianças até aos 12 anos, estudantes e adultos com mais de 65 anos.