Gulbenkian mostra o Próximo Futuro desde 22 de junho

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No evento Próximo Futuro (ver jornal em PDF), organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian, está prevista a exibição de um conjunto de espetáculos produzidos por autores latino-americanos.

Breath
de Daniela Thomas (Brasil) – 22 junho – 1 julho 2012

“Breath” é da autoria do escritor irlandês Samuel Beckett. É provavelmente a mais curta peça de teatro jamais escrita. “Breath” é um puríssimo Beckett: sintético, enigmático, sardónico, com direções de uma precisão científica. “Breath” deve ser vivenciado como espetáculo de teatro. Os códigos teatrais – palco e plateia, cortina e terceiro sinal – são imprescindíveis para a fruição da peça. A graça em assistir a “Breath” é perceber toda a dimensão da sua novidade, da sua radicalidade. Daniela Thomas (cenógrafa, realizadora, dramaturga e guionista) diz-nos «Procurei seguir as direções do autor à risca. Espero que o público não se esqueça de aplaudir no fim do espetáculo».

Chelpa Ferro + Pedro Tudela
(Brasil/Portugal) – 29 junho 2012 – 22h00 – Teatro do Bairro – 12 € | Comprar bilhetes

Os Chelpa Ferro, também com Luiz Zerbini e Sérgio Mekler, têm-se firmado no cenário da música contemporânea brasileira com um trabalho que combina experiências com instrumentos musicais tradicionais aliados a recursos eletrónicos, esculturas e instalações tecnológicas, durante as apresentações ao vivo e as exposições. Apresentando-se ao vivo em parceria inédita com o artista português Pedro Tudela, os Chelpa Ferro farão uma performance espontânea, a partir da troca entre os artistas, uma elaborada textura sonora composta por ruídos, guitarras, baterias eletrónicas, samplers, baixo e efeitos digitais envolvendo o público em um ambiente de experimentação auditiva e potencialização sensorial. O improviso é a sua forma de construção, o som é a sua matéria-prima.

Gladys
de Elisa Zulueta (Chile) – 30 junho – 22h00 | 1 julho 2012 – 22h00 – Anfiteatro ao Ar Livre – 15 € | Comprar bilhetes

Durante uma festa da família de Ander, no dia 6 de janeiro, que aguardava a chegada dos Reis Magos, Ian, seu filho mais velho, tem uma surpresa que irá transformar a paz desta festa de Natal. Há vinte anos que a irmã mais nova, Gladys, sofre de uma síndrome chamada de Asperger, tendo sido enviada para a América sem nenhuma razão específica ou bilhete de regresso, apesar das suas necesidades especiais, obrigando-a a desembaraçar-se sozinha. Estabelece-se em San Diego, dedicando-se à venda de t-shirts à porta do zoológico da cidade. Depois de algumas cartas enviadas, Gladys é localizada e levada de volta ao Chile para desenterrar segredos escondidos, após o exílio da sua família. Na Noite de Reis, Gladys involuntariamente vem a confrontar a sua história com a da família que tinha escolhido esquecer. Uma família aparentemente tranquila, sem problemas, mas sustentada por uma mentira de há vinte anos atrás que só agora se vem a descobrir.

Baitman
de Companhia dos Atores (Brasil) – 4 julho – 19h00 | 5 julho 2012 – 19h00 | 6 julho 2012 – 19h00 – Teatro do Bairro – 15 € | Comprar bilhetes

Após ser torturado num ambiente árido e inóspito, Bait Man (Marcelo Olinto) inicia uma narrativa e assim dá forma aos seus pensamentos. Num estado de alerta constante, pressionado não se sabe por quê ou por quem, Bait Man constrói uma subtil e profunda análise do homem contemporâneo, com seus medos, desejos e ambições. Um jogo perigoso faz-se presente, criando um atrito entre a realidade e o imaginário.O mundo em colapso ideológico, à beira do abismo, é o material que Bait Man utiliza para jogar com humor e tensão, provocando uma reflexão para onde a humanidade caminha. Um quebra-cabeça misterioso é apresentado com vigor, envolvendo todos numa teia discreta de informações. O espetador é convidado a participar neste jogo enigma, onde cada ação envolve todos os sentidos.

El Año en que Nací
de Lola Arias (Chile/Argentina) – 7 julho – 22h00 | 8 julho 2012 – 22h00 – Grande Auditório – 15 € | Comprar bilhetes

“El año en que nací” parte do mesmo conceito da obra “Mi vida después”. Jovens nascidos durante a ditadura reconstroem a juventude dos seus pais, a partir de fotos, cartas, gravações, roupas usadas, histórias e memórias apagadas. «Como era o meu país quando eu nasci? Como eram os meus pais na época? Quantas versões existem sobre o que aconteceu quando eu era jovem, pois eu não me lembro?» são as perguntas deles. “Mi vida después” foi criado na Argentina, em 2009, e apresentado em Santiago a Mil, em 2011. Em paralelo às apresentações, realizou-se um workshop com o mesmo conceito da obra: apresentar um álbum de biografias fascinantes, de modo a perceber a história recente do Chile. Para a edição de Santiago a Mil de 2012, o grupo de jovens chilenos que fizeram este workshop, liderado por Lola Arias, reconstruiram a história das gerações nascidas durante a ditadura de Pinochet, a partir de suas próprias memórias e documentos.

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