VITOR RAMIL | “délibáb”

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Vitor Ramil: voz e violões
Carlos Moscardini: violão

Victor RamilData: 31 de Março
Hora: 21h30
Local: Culturgest

Um ano após o espectáculo a solo de retrospectiva das canções mais emblemáticos da sua carreira, o compositor e escritor brasileiro Vitor Ramil regressa à Culturgest, na companhia do prestigiado violonista argentino Carlos Moscardini, músico que o acompanhou na gravação do seu último trabalho discográfico, um belíssimo disco de milongas (ritmo comum ao Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina) a que chamou: “délibáb” (déli / do sul + báb de bába / ilusão).

Inteiramente baseado neste trabalho que reúne doze milongas, compostas por Ramil a partir de seis poemas do argentino Jorge Luis Borges (1899 – 1986), e de seis versos do gaúcho João da Cunha Vargas (1900 – 1980), Vitor Ramil constrói o universo deste espectáculo, com a cumplicidade e o talento de Carlos Moscardini (“Estamos de acordo que nossas músicas pertencem a uma mesma querência, que se projetam uma na outra, que se completam e se justificam. Nossos violões parecem achar o
mesmo. Se o meu é uma planície, el cielo al revés, de Yupanqui; o dele, é um pensamento que vai longe. Se o meu tem o rigor minimalista do aço; o dele apresenta a doçura criolla do nylon”).

Vitor + Moscardini Os poemas musicados da autoria de Jorge Luis Borges foram originalmente publicados no seu livro “Para Las Seis Cuerdas”, e os versos de João da Cunha Vargas, registados pela sua voz em fita, só posteriormente foram publicados no seu único livro “Deixando O Pago”. A cidade e o campo, o erudito e a cultura popular, conjugados na música de Vitor Ramil. Guardadas as imensas diferenças de vida e obra dos dois poetas, as suas imagens projectam-se nitidamente no horizonte de um Sul mítico. A ilusão do Sul.

“délibáb” foi considerado um dos “10 Melhores Espectáculos ” por O Globo, do Rio de Janeiro e pela Folha de São Paulo, e um dos Melhores Discos do ano pela revista brasileira Veja, Rolling Stone (Brasil) e pelos órgãos de comunicação argentinos Diario La Nación, e Revista Ñ do Diario Clarín.

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