ARTISTAS
Andrea Brandão (Vila Nova de Gaia, 1976)
Nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal. Cresceu em Faro, na região sul, desde os quatro anos de idade, até vir estudar para Lisboa (1995). É artista plástica e desenvolve trabalho na area do desenho, performance, intervenções e instalações. O seu trabalho explora uma noção de «processo», procurando testar os limites de definição e de materialização da obra. Licenciou-se em Design Industrial pela FA-UTL (2000) e concluiu o curso Avançado de Artes Plásticas no Ar.Co. em Lisboa (2007). Fez formação em artes performativas em diversos workshops , dentro e fora de Portugal e foi bolseira danceWeb Europe 07 (VIE) com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Obteve a nomeação portuguesa ao prémio União Latina Jovem Criação em Artes Plásticas em 2007 e foi finalista do prémio Anteciparte em 2009. Tem colaborado como performer e criadora em projectos diversos com coreografos e artistas plásticos. Mais recentemente destaca: “Evidências suficientes para a não coerência do mundo” da coreografa Marcia Lança. Participa em festivais, exposições colectivas e individuais em Portugal, Estónia, Viena e Brasil. Nomeadamente, “Momento I” Espaço Arte Tranquilidade e a exposição colectiva “já reparaste como um ponto de interrogação parece uma orelha e, como a interrogação se faz escuta? ”, Atelier-Museu Julio Pomar (2015) ambas comissariadas por Maria Do Mar Fazenda em Lisboa. Interessa-se pelo formato de residência artística e destaca das mais recentes (BRA) no Ateliê Aberto em Campinas com a exposição “Caderno de Viagem” (2013) apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e da FAAP – Fundação Armando Azeredo Penteado, São Paulo (2014). Pratica Yoga á 8 anos e meditação Zen desde 2014 com a professora Isabel Kosen Mesquita. De momento vive e trabalha em Lisboa.
Carolina Saquel (Concepción, 1970)
Artista e advogada independente que vive em Paris, Carolina Saquel usa como médium a imagem em movimento, de forma a alterar as perceções temporais de acontecimentos aparentemente sem importância ou de ocorrências naturais. O seu trabalho evoluiu a partir de uma reflexão sobre a pintura – o enquadramento enquanto janela para o mundo – para o que pode ser considerado como um uso escultural da imagem em movimento. Em 2003, participou no Le Fresnoy, um programa de residência artística focado na intersecção entre a arte contemporânea e o cinema. Expôs em numerosas exposições individuais e colectivas e em festivais internacionais de filme e vídeo: Fundació Joan Miró – Barcelona; Grand Palais – Paris; Württembergischer Kunstverein – Stuttgart e Bloomberg Space – Londres.
Cinthia Marcelle (Belo Horizonte, 1974)
Licenciou-se em Belas Artes na Universidade Federal de Minas Gerais. O seu trabalho tem circulado em significantes exposições, incluindo Bienal de Havana (2006), Bienal de Lyon (2007), Panorama da Arte Brasileira – São Paulo e Madrid (2007 – 2008), to come to – Sprovieri Gallery, Londres (2009), Bienal de São Paulo (2010), Zero de Conduta – Galeria Vermelho, São Paulo (2011), No Lone Zone – Tate Modern, Londres (2012), Triennial of New Museum – Nova Iorque (2012), Sala de Arte Publico Siqueiros – Cidade do México (2012), Dundee Contemporary Art – Escócia (2012), Bienal do Mercosul – Porto Alegre (2013 e 2014), Bienal de Istambul (2013), Bienal de Sharjah (2013 e 2015), Secession, Viena (2014), em-entre-para-perante, Silvia Cintra + Box4 – Rio de Janeiro (2015), Duplex Gallery, PS1 – Nova Iorque (2016).
Foi vencedora dos prémios: International Prize for Performance, Trento, Itália (2006), Annual TrAIN Artist in Residency award at Gasworks, Londres (2009) e The Future Generation Art Prize, Kiev (2010).
Daniel Barroca (Lisboa, 1976)
Estudou Artes Plásticas na Escola de Arte e Design das Caldas da Rainha entre 1996 e 2001 e desenvolveu o programa individual no Ar.Co em 2002. Foi artista residente na Künstlerhaus Bethanien, com a Bolsa João Hogan, atribuída pela Fundação Calouste Gulbenkian e na Rijksakademie van Beeldende Kunsten em 2010 e 2011. Entre 2013 e 2014, foi artista participante no Home Works Program no Centro Ashkal Alwan em Beirute. Participou no programa Open Sessions no Drawing Center em Nova Iorque e, entre 2014 e 2015, foi bolseiro da Fundação Botin.
Nos últimos anos mostrou o seu trabalho no Hunter College Art Galleries e no Drawing Center, ambos em Nova Iorque; na Fundação Calouste Gulbenkian em Paris; no Hangar – Centro de Pesquisa Artística em Lisboa; no De la Charge em Bruxelas; na Fundação Botin em Santander; e no Arquipélago – Centro de Artes contemporâneas nos Açores. Neste momento prepara-se para iniciar um programa de estudos de Doutoramento em Antropologia na Universidade da Florida, Estado Unidos da América, com uma bolsa Fulbright.
Euridice Kala (Maputo, 1987)
Filha da Guerra Civil e herdeira da história pré-colonial do país, Eurídice Kala é, também, conhecida como Zaituna Kala, em homenagem à sua bisavó. Na sua prática artística, Kala recorre à performance, através da sua personagem “That [BLCK] Dress”, bem como à fotografia, vídeo e instalação, explorando as temáticas da apropriação de aspectos sociais, políticos e económicos do contexto moçambicano – tais como as experiências culturais e as narrativas materiais e económicas – em torno de articulações contemporâneas específicas. Estas narrativas resultam de uma investigação em profundidade sobre a história do país e são inspiradas pelas narrativas pessoais de Kala (o casamento, a vida em Joanesburgo e as suas ligações por mar a Moçambique, país de origem da sua família), da sua posição como feminista e dos seus interesses sobre arquitectura e linguagem, bem como os processos de expansão que estas narrativas sofrem através da observação e que são menos visíveis nos livros de história. Deste modo, Kala mostra a natureza aleatória das coisas, revelando a quase inevitável serendipidade das conexões da África transatlântica e oriental, conexões que se tornam representativas da nossa existência multi-facetada (a da artista) e que fornecem níveis de significado, para além daqueles que foram registados pela história desafiando, assim, binarismos sociais.
Kala teve formação como fotógrafa no Market Photo Workshop (2013). Trabalhou na Visual Arts Network of South Africa (VANSA) e tem sido galardoada com residências artísticas internacionais, entre as quais, em Joanesburgo, Apt (França), Douala (Camarões), Maputo (Moçambique) e Lisboa (Portugal). Também fez parte de várias exposições coletivas na Holanda, França, África do Sul, e Suíça. Foi a vencedora da 2ª edição do programa de Residência Artística para Artes Visuais e Fotografia em Lisboa. Participou com a instalação “Supõe que a Verdade era Uma Mulher – E Porque Não” na Bienal de Dakar 2016.
Joana Bastos (Lisboa, 1979)
Mestre e pós-graduada em Artes Plásticas pelo Chelsea College of Art and Design de Londres e licenciada em Pintura pela FBA-UL. Apresentou as exposições individuais… If I were you I´d paint it pink and place a chair upside down… – Vera Cortês Agência de Arte, Lisboa (2013); Gustav Metzger (1926 – Fridge) – Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisboa (2012); To whom it may concern – Vera Cortês Agência de Arte, Lisboa (2010); A$T, Project Room – CAV Centro de Artes Visuais, Coimbra (2010); No money, no honey – Threshold Artspace, Perth, Escócia (2010); Ask me – Kunsthalle Lissabon, Lisboa (2009); Black Journeys – Lagar do Azeite, Oeiras (2006); 8&80 – Instituto Camões, Luxemburgo (2006); Blindfolded – Way of Arts, Estoril (2005) e Ink – Lagar do Azeite, Oeiras (2003).
A sua presença conta-se igualmente em numerosas exposições individuais, que decorreram, por exemplo, na Central Galeria de Arte – São Paulo, na Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa; no Museu da Electricidade/Fundação EDP – Lisboa; na Caixa Cultural do Rio de Janeiro; na Galeria Vermelho – São Paulo; no Museu do Chiado – Lisboa; no Matadero -Madrid, no Palais de Tokyo – Paris, no Rietveld Arsenal – Veneza; no South Kensington Artists Runs Space – Londres ou no Chelsea College of Art and Design – Londres.
Lia Chaia (São Paulo, 1978)
Formada em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), a sua obra transita por diferentes suportes, como fotografia, vídeo, performance, instalação e intervenções urbanas. Os temas cruzam as perceções e vivências do quotidiano que interrogam o modo como a natureza vem sendo apropriada pelos padrões da cultura urbana. Lia Chaia interessa-se, igualmente, em pensar e perceber o modo como o corpo reage aos estímulos e ruturas do mundo contemporâneo. Destacam-se as exposições individuais na Galeria Vermelho, em São Paulo, em 2015, 2013 e 2012; na Fundação Ecarta, em Porto Alegre em 2013; no Centro Cultural Maria Antônia, em São Paulo, em 2009; e a participação em coletivas como “40 Caracteres” no MAM de São Paulo, em 2014; “Proyectos Ultra Violeta” no Museo de Arte Contemporáneo y Diseño de Costa Rica em San José em 2013; na 11ª Bienal Internacional de la Habana em 2012; e em “Vidéo et Après” no Centro Pompidou, em Paris, em 2010. Em 2003 foi artista residente na Cité des Arts em Paris; e em 2005 ganhou a bolsa Iberê Camargo. O seu trabalho é conservado em coleções públicas e privadas como as do MAM de São Paulo, do Itamaraty, do Inhotim, na Colección Jozami em Madrid, na Coleção Gilberto Chateaubriand, no Rio de Janeiro e na Coleção do Banco Espírito Santo em Portugal.
http://liachaia.com/filter/trabalhos
http://www.galeriavermelho.com.br/artista/63/lia-chaia
CONFERENCISTAS
António Pinto Ribeiro
Tem formação académica em Filosofia, Ciências da Comunicação e Estudos Culturais. É Professor-conferencista convidado de várias universidades internacionais. A par da sua atividade de investigador e de professor tem tido uma prática de programação artística e de curadoria. Foi o Diretor Artístico da Culturgest desde a sua fundação em 1992 até 2004. Foi consultor da Fundação Gulbenkian (2003-2015) para a qual concebeu e dirigiu vários programas, o último dos quais foi o Programa Gulbenkian de Cultura Contemporânea Próximo Futuro (2009-2015). Foi curador convidado do MAR (Museu de Arte do Rio) 2013-14. Da sua obra publicada destaca-se: A Dança da Idade do Cinema (1991), Dança Temporariamente Contemporânea (1994), Por exemplo a cadeira – ensaio sobre as artes do corpo (1997), Corpo a Corpo: sobre as possibilidades e os limites da crítica (1997), Ser feliz é imoral? Ensaios sobre cultura, cidades e distribuição (2000), Melancolia (romance, 2003), Abrigos: condições das cidades e energia da cultura (2007), À Procura da Escala (2009), É Março e é Natal em Ouagadougou (2010), Questões Permanentes (2011), Miscelânea (2015).
Atualmente e a convite da CML é o coordenador-geral de “Passado e Presente, Lisboa capital ibero-americana de cultura 2017”. Foi agraciado com a Ordem das Artes e das Letras pela Ministra da Cultura de França, Catherine Tasca (2001) e em 2015 com a Ordem ao Mérito Artístico e Cultural Pablo Neruda pelo Governo do Chile (2015).
Emilio Tarazona
É investigador, curador independente e autor de livros e ensaios incluídos em revistas e catálogos de arte na América Latina e Europa. Foi curador das exposições Otros mundos, ahora! (ArteCámara, CO 2016); Frecuencia e Intensidad (Valenzuela Klenner, CO 2014); Cuerpo en disolvencia (Pancho Fierro, PE; y FUGA, CO 2013); e co-curador na exposição Perder la forma humana. Una imagen sísmica de los años ochenta en América Latina (MNCARS, ES; MUNTREF, AR; 2013); em Die Chronologie der Teresa Burga; e em Subversive Practices. Art under Conditions of Political Repression, 60s-80 (W-Kunstverein Stuttgart, DE 2011 y 2009), entre outras.
Vanessa Díaz Rivas
Prepara atualmente um projeto de dissertação de doutoramento sobre a arte contemporânea em Maputo (Moçambique), no Departamento de História da Arte Africana da Universidade Livre de Berlim (Freie Universität Berlin). Entre 2010 e 2014, foi investigadora do Zentrum Moderner Orient. Na mesma cidade, integrou o projeto de investigação “In Search of Europe: Considering the Possible in Africa and the Middle East”, que foi financiado pelo Ministério Federal da Educação e Investigação. Neste projeto, cujo objetivo era explorar as fronteiras entre a arte e a ciência, trabalhou em cooperação com o artista moçambicano Gemuce. Estudou Antropologia Cultural, com uma abordagem centrada na África Regional, no Johannes Gutenberg-University, em Mainz. Trabalhou, ainda, no Departamento de Antropologia e Estudos Africanos como Lecturer e Student Adviser, entre 2009 e 2010.
CURADORIA
Filomena Serra
É Investigadora Integrada do Instituto de História da Arte – Grupo de Estudos de Arte Contemporânea, da FCSH/UNL onde é professora-conferencista no curso de doutoramento proferindo seminários em História da Arte Contemporânea. Integra, igualmente, o Núcleo de Estudos em Fotografia e Cinema do Instituto referido. É autora de vários livros e de artigos em revistas sobre o modernismo português. Recentemente, participou como autora no livro, 1915 o ano do Orpheu (Tinta da China, 2015). É investigadora responsável de um Projecto FCT sobre fotografia e propaganda no Estado Novo.
Currículo detalhado
Giulia Lamoni
É Professora Auxiliar Convidada no Departamento de História da Arte da FCSH/UNL e Investigadora de pós-doutoramento no Instituto de História da Arte da mesma instituição. O seu projeto de pós-doutoramento, financiado pela FCT, explora perspectivas feministas na arte contemporânea portuguesa e brasileira. O seu trabalho tem sido publicado em livros e catálogos de exposições de instituições como Tate Modern, Centre Pompidou e Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, e em revistas internacionais tais como a n.paradoxa: International Feminist Art Journal, Manifesta Journal: Around Curatorial Practices e Third Text.
Currículo detalhado
Margarida Brito Alves
É Professora Auxiliar no Departamento de História da Arte da FCSH / UNL e Investigadora Integrada do Instituto de História da Arte, sendo coordenadora do Grupo de Estudos de Arte Contemporânea e das Linhas de Investigação “Contemporary Art and Culture” e “Spatial Practices in Contemporary Art”. Doutorada em História da Arte Contemporânea (2011) pela FCSH-UNL, é autora dos livros A Revista Colóquio / Artes (Lisboa: Colibri, 2007) e O Espaço na Criação Artística do Século XX. Heterogeneidade. Tridimensionalidade. Performatividade. (Lisboa: Colibri, 2012). Em 2014 foi co-curadora da exposição Salette Tavares: Poesia Espacial, apresentada no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
Currículo detalhado