Lisbon International Startup Meeting (ISUM)

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Um auditório repleto, batizado com o nome do antigo Presidente da República de Moçambique Armando Guebuza, recebeu nos dias 3 e 4 de julho o Lisbon International Startup Meeting (ISUM) e serviu de palco a intervenções de empresários de sucesso, que partilharam as suas experiências e conhecimento.

Numa parceria conjunta do Congresso do Empreendedorismo e Inovação nos Países de Expressão Latina (CEIPEL), a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) e A REDE DINÂMICA XXI, liderado pela organização internacional AIESEC Alumni, com o apoia da Casa da América Latina, o evento reuniu os empresários portugueses e académicos, proporcionando-lhes maximizar o seu potencial como líderes empresariais, sob o olhar atento de uma audiência multicultural, com destaque para a presença de participantes oriundos do Brasil, México e Costa Rica na plateia.

As honras de abertura do congresso ficaram a cargo do Prof. Doutor Manuel de Almeida Damásio, Administrador da Universidade Lusófona que, para além saudar os empreendedores presentes, vincou a importância da tecnologia nos dias de hoje, com especial enfoque nas startups.

Rui Coelho, Diretor Executivo da Invest Lisboa, agência de captação económica e de investimento de Lisboa apresentou “Portugal como plataforma para o mercado europeu e como alguns problemas que advêm do sucesso, podem representar oportunidades de negócio” destacou.

De entre os oradores, a presença latino-americana também se fez sentir: Katiuska Cruz, de ascendência venezuelana (Agência Nacional de Inovação), Maike Robert, brasileiro (“Startup Way”) e Jorge Illich Carpinteyro (Advank), mexicano, marcaram presença entre o leque de convidados.

A Casa da América Latina conversou com este último, abordando as relações entre México e Europa, tendo como pano de fundo o ISUM: “A importância deste congresso está assente, essencialmente, em duas situações: uma é conseguir identificar as boas práticas na Europa – aliás, a expressão “boas práticas” já não é tão adequada porque, cada vez mais, também se fazem coisas muito boas na América Latina – há uma visão diferente de como fazer. Mas uma visão conjunta, Europa-América Latina, pode ajudar a resolver problemas que persistem na América Latina e ajudar os europeus a ser mais criativos e portanto mais inovadores. A outra situação, que entronca no tema do qual vim falar – “Transferência de tecnologia” – tem a ver com a dificuldade em colocar a tecnologia no mercado e a minha recomendação está assente em três níveis: o primeiro é não ir atrás dos valores paternalistas da América Latina; o segundo é elevar o nível das investigações que desenvolvem; o terceiro, e último, diz respeito ao investimento que é feito atualmente por parte das universidades: este não tem, necessariamente, de resultar em lucros para a própria universidade, pois apesar destas instituições necessitarem de ser financeiramente sustentáveis, os ganhos estão no fortalecimento do tecido empresarial e no desenvolvimento socioeconómico do território em que estão inseridas.

No dia seguinte passaram pelo auditório Armando Gebuza, Startup Portugal, Beta-i, BNI Europa, Banco Big entre tanta outras entidades focando-se na importância dos ecossistemas empreendedores e novos tipos de financiamento, como as Fintech.

Pedro Jordão, consultor em International Business Strategy, apresentou uma nova visão do mundo, a perda do centralismo europeu, a globalização igual a conectividade e a irreversibilidade do Comércio Livre. Cristina Valério, coordenadora económica da Casa da América Latina alertou para as questões culturais como potenciadoras ou inibidoras da realização de negócios. “É importante conhecer a cultura dos nossos clientes, não só para respondermos às suas necessidades com um produto, mas também para não cometermos erros que possam colocar em risco a celebração de um contrato ou dificultar o rumo de uma reunião. Há que fazer o trabalho de casa!” referiu.

 

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