Tecnologias, Inovação e Empreendedorismo: “O que hoje vivemos, também outros viveram”

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A segunda sessão do seminário “União Europeia – América Latina: Desafios da Transformação Digital e do Conhecimento no Espaço Ibero-americano” teve como tema “Inovação e Empreendedorismo como motor da competitividade”, contando como oradores o diretor corporativo para a Europa da CAF e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Colômbia, Guillermo Fernández de Soto; o representante na Europa do Grupo Alfa no México, Carlos Ávila; o diretor geral da Fundação Cotec em Espanha, Jorge Barrero; a diretora da representação em Portugal da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), Ana Paula Laborinho; o vice-presidente da Fundação Euroamérica, Carsten Moser; e o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.

Carsten Moser afirmou haver “ecossistemas muito criativos no campo artístico” aos quais vale a pena ter atenção, por se tratar de “um campo favorável ao desenvolvimento tecnológico”, referindo ainda a importância de haver mais colaboração entre empresas e universidades, face ao “deficit de partilha entre União Europeia e América Latina”.

O diretor corporativo da CAF para a Europa, Guillermo de Soto, citando Steve Jobs, disse “os problemáticos, os loucos, os que desafiam o ‘status quo’ foram os que acreditaram que podiam mudar o mundo e que o mudaram verdadeiramente”, para ilustrar a evolução que este que era “um pequeno banco andino” teve na região. Questionou os problemas de regulação no âmbito da tecnologia, bem como uma “desigualdade de género”, no que toca à participação feminina no desenvolvimento de startups, apesar de a Colômbia ter registado o maior crescimento da região neste âmbito.

Carlos Ávila sublinhou que, hoje, “é impossível considerar empreendimento sem inovação” e explicou aos presentes o percurso e expansão do grupo Alfa no México. “O crescimento não é só uma questão de produtividade, mas também de redução de custos, de melhorias técnicas”, afirmou, lembrando a importância do investimento na tecnologia, de modo a obter resultados a longo prazo.

Jorge Barrero, diretor da Cotec em Espanha, não gosta da “analogia do petróleo com os dados digitais”, que havia sido referida na sessão anterior. “Para a Cotec, a inovação está presente quando há conhecimento. É isso que gera valor”, explicou, acrescentando que existe “muito mais tecnologia do que aquela que utilizamos, e isto deve-se a fronteiras técnicas, legislativas, éticas”, que poderão ou não ser ultrapassadas no futuro.

“O que hoje vivemos, também outros viveram”, disse a diretora da representação em Portugal da OEI, Ana Paula Laborinho. “A ciência não está fora do mundo, mas surge conforme as necessidades de aplicar o conhecimento à vida”, lembrou, ressalvando que apostar no investimento tem de ser, em última análise, apostar nas pessoas que dele usufruem. “Estamos num tempo de descontinuidade, mas esta pode gerar inovação. Hoje importam os indicadores de felicidade, acima de tudo”, concluiu.

O Presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, afirma querer que o turismo “seja um ramo de desenvolvimento para o país, em termos económicos, sociais e culturais, e de forma sustentada”. O conhecimento é uma das “áreas centrais” que o Turismo procura satisfazer, pelo que investe nas suas plataformas de pesquisa, que agregam o máximo de informação num mesmo espaço digital.

Veja aqui os vídeos de cada uma das sessões do seminário.

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