Um olhar sobre o futuro da ibero-América e da SEGIB

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Rebeca Grynspan, Secretária-geral da SEGIB, visitou a Casa da América Latina, onde proferiu uma conferência sobre “25 anos de Cimeiras Ibero americanas – Um olhar sobre o futuro”, no dia 26 de junho. A conferência evocava a primeira Conferência Latino americana, que teve lugar em Guadalajara, no México (1991).

O vice-presidente da Casa da América Latina, Alberto Laplaine Guimarães apresentou a secretária-geral. Rebeca Gryspan é natural da Costa Rica tendo desempenhado cargos importantes tanto no seu país como internacionalmente: foi secretária-geral adjunta das Nações Unidas (2010), administradora associada do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e vice-presidente da Costa Rica (1994-1998).

A Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, relevou a importância da proximidade à América Latina na política externa portuguesa, lembrando temas centrais a esta relação, como o desenvolvimento sustentável, a transição de Países de Rendimento Médio e a mobilidade. Salientou ainda a importância da abertura de um escritório da SEGIB na cidade de Lisboa a curto prazo.

A Secretária-geral da SEGIB referiu que as Cimeiras Ibero-americanas nascem num momento histórico de profundas transformações a nível global, tendo a primeira sido celebrada após a queda do muro de Berlim e antes da assinatura do Tratado da União Europeia. A Ibero-América estava confinada, na sua grande maioria, “a democracias muito incipientes originadas pela crise da década de 80 na região”.

Em relação a Portugal, destacou o papel relevante de Mário Soares no nascimento e fortalecimento deste organismo internacional, em que a partilha de um legado cultural comum e a similaridade da língua e comunicabilidade são alguns dos fatores essenciais.

Rebeca Grynspan afirmou que, atualmente, a ibero-América está mais estável e com instituições sociais mais robustas, tendo sido o segredo do seu êxito surgir de uma realidade pré-existente, e não de um bloco que se impõe. “O respeito pela diversidade foi o que nos levou a criar a melhor plataforma de cooperação horizontal do mundo, devido ao seu funcionamento por pares e de forma voluntária, em função das prioridades de cada país”, afirmou.

Para os próximos anos, a Secretária geral apontou duas frentes de ação da SEGIB. Uma delas, a criação de um programa inspirado no Erasmus, denominado “Campus Iberoamérica”, que vai promover a mobilidade de cerca de 200 mil estudantes e docentes e ao qual aderiram já 700 entidades públicas. (…)

(…) Quanto à segunda destacou a participação dos cidadãos, criando espaço para a realização de propostas permitindo assim, e potenciando, o envolvimento da comunidade ibero-americana.

A Secretária-geral da SEGIB terminou a sua intervenção sublinhando que as Cimeiras Ibero-americanas são o espaço privilegiado para refletir coletivamente sobre os objetivos dos países da região e fortalecer os respetivos laços.

A Embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada de la Torre, interveio neste encontro, chamando atenção para o envolvimento da SEGIB no relacionamento regional com o governo norte-americano.

Rebeca Grynspan respondeu a esta intervenção, destacando o papel da normalização das relações entre os Estados Unidos e Cuba como necessário à integração entre os países da região.




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SEGIB – Sin Portugal no existe Iberoamerica

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