Fórum Empresarial em Proença-a-Nova: Empresas impulsionam economia portuguesa

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“A economia portuguesa está a crescer e muito por mérito das empresas”, afirmou o Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza na abertura da primeira edição do Fórum Empresarial de Proença-a-Nova, organizado pela Câmara Municipal de Proença-a-Nova, a 24 de fevereiro, que reuniu mais de cem empresas e associações empresariais da região.

Nelson de Souza apresentou boas notícias da economia portuguesa, nomeadamente a taxa de crescimento 1,4% do PIB, o aumento das exportações e a descida da taxa de desemprego. “A 31 de janeiro de 2017, o Portugal 2020 pagou 539 milhões de euros às empresas, estando aprovadas candidaturas de Municípios no valor de 1,2 mil milhões”, mas alertou para que “mais importante que aprovar é executar”, referiu.

“Na primeira quinzena de março será apresentada a nova versão do Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego “SI2E” que irá responder a novas necessidades e haverá majoração para regiões com as características de Proença-a-Nova. Serão as associações DLBC (abaixo dos cem mil euros) e as CIM (entre os cem e os 200 mil euros) a fazer a gestão. “Entendemos que que vai ser melhor gerido por quem está no território e o conhece melhor”, adiantou Nelson de Souza.

O presidente da Câmara Municipal, João Lobo revelou os principais resultados do inquérito que o Município realizou junto das empresas do concelho, onde sobressaem dados como o facto de mais de 50% das empresas auscultadas terem sido criadas nas últimas duas décadas e pertencerem, essencialmente, ao sector terciário e 21% das empresas exportarem das quais 4,2% para países da América Latina.

João Lobo apresentou diversos incentivos de apoio ao tecido empresarial destacando-se a reprogramação do Proença Finicia, criado para empresas já estabelecidas e que podem requerer um apoio até 35.000,00€, 20% do qual disponibilizado pela Câmara na forma de subsídio reembolsável sem juros. Se a empresa criar três postos de trabalho, pode ficar isenta do reembolso na totalidade (ou a percentagem de reembolso pode variar entre os 40% e os 70% se criar um ou dois postos de trabalho, respetivamente).

Nas restantes apresentações do Fórum Empresarial, Ana Abrunhosa, presidente da CCDR-C – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro incentivou os empresários presentes a procurarem a colaboração com as instituições de Ensino Superior, referindo que inovar não tem de ser no sentido tecnológico: “pode ser simplesmente encontrar solução para uma procura ou um problema que exista na sua comunidade e fazer disso um negócio”. Maria da Saúde Inácio, partner da TurnAround Social, desenvolveu esse conceito: “como gerar um negócio que responda a uma necessidade social e seja gerador de impacto positivo na comunidade”.

Cristina Valério, coordenadora na Casa da América Latina, falou sobre exportação e internacionalização no mercado da América Latina, com especial foco no setor agro-alimentar, setor prioritário para a região, apelando à criatividade comercial dos portugueses. “Apesar de muitos países da América Latina serem grandes produtores deste setor, é fundamental procurar complementaridades, por exemplo nas colheitas. Podemos produzir produtos semelhantes, mas produzimo-los em tempos diferentes, e o objetivo é propor ao sócio latino-americano que venda os produtos portugueses no período em que os não tem, aos canais de distribuição que conhece, ajudando e a empresa portuguesa fazer o mesmo com os seus parceiros europeus. Ser criativo também é saber unir-se aos nossos concorrentes para ganhar escala e dimensão para fazer face a um determinado contrato ou solicitação de maior dimensão, que de outra forma, teríamos de recusar”, referiu.

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