Embaixadores latino-americanos debatem projectos com Mota-Engil

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A Casa da América Latina e o seu associado Mota-Engil organizaram em Amarante, nos dias 3 e 4 de fevereiro, uma jornada de trabalho com os Embaixadores da Argentina, Colômbia, Chile, Panamá, Peru e os Conselheiros Económicos de Cuba. A visita à cidade nortenha teve como objetivo dar a conhecer a estratégia e os projetos da Mota-Engil, bem como as oportunidades empresariais nos setores da construção civil e ambiente nos mercados da América Latina.

Alberto Laplaine Guimarãis, vice-presidente da Casa da América Latina iniciou a reunião lembrando uma visita ao Panamá, onde testemunhou os índices de crescimento que a América Latina regista e as condições favoráveis que estes países oferecem à internacionalização das empresas portuguesas.

A jornada de trabalho prosseguiu com a apresentação de Pedro Arrais, Diretor das Relações Institucionais, que desfiou os projetos atuais e futuros do Grupo Mota-Engil, uma empresa com 70 anos fundada em Angola, mas que foi através da internacionalização para países como o Peru, México, Chile, Panamá, Paraguai, Republica Dominicana e Colômbia que se tornou uma referência a nível mundial. “As sinergias que estabelecemos entre África e a América Latina são o exemplo da cultura desta empresa. Uma empresa familiar, que cultiva a proximidade com os seus colaboradores, que procura crescer contratando colaboradores locais, sem nunca perder a visão global”, destacou. “Pois em momentos de incerteza como os que vivemos são os laços de confiança que estabelecemos com os nossos parceiros que podem ser uma garantia no futuro, também no mundo dos negócios”, comentou José Pedro Freitas, Administrador e CFO do Grupo Mota-Engil.

A Embaixadora do Panamá, Ilka Varela de Bares, iniciou as intervenções dos diplomatas, lançando um repto à Mota-Engil: “Toda a América Latina tem concursos, obras, projetos em marcha e é desses projectos que vimos aqui falar. Panamá têm uma carteira de diferentes projectos de infra-estruturas, portos, aeroportos bastante relevante. A Mota-Engil conhece a nossa forma de trabalhar. Cabe-nos a nós conseguir que a informação circule rapidamente, que encontrem os melhores sócios locais e depois que modernizem os nossos países”, rematou.

“No Chile podemos não ter projectos tão financeiramente significativos, mas oferecemos uma segurança jurídica, política e fiscal que pode fazer a diferença. Um dos nossos desafios é pré-pagar um novo plano de infra-estruturas 2016/2023 no valor de 100 mil milhões de dólares (32 grandes projetos no total). Mas há um tema que já foi focado e que me sinto na obrigação de tratar: a incerteza. A política da incerteza que vivemos, actualmente pode tornar-se numa oportunidade regional para os nossos países, para Portugal, para a Europa. Para Portugal olhar a América Latina como um lugar para investir e assumir o seu papel de nossos intermediários com África. Pois, nós, latinos sabemos que África é o futuro”, referiu German Guerrero, Embaixador do Chile.

“Falar do meu país é também falar da Mota-Engil. Pois esta empresa, com 5000 empregados peruanos, tem acompanhado o crescimento e o desenvolvimento económico do Peru” comentou Lissette Nalvarte, Embaixadora do Peru, na apresentação dos muitos projectos em curso no seu país, onde apelou a um maior envolvimentoda empresa no Jogos-Panamericanos, a decorrer em 2019 em Lima, e cujo Plano reajustado será apresentado em março próximo.

“Há verdadeiras oportunidades de trabalho para as empresas portuguesas na Argentina. Há um compromisso, uma garantia do Governo em como os planos de infraestruturas, que estão projectados, são para cumprir. Só no setor da Ferrovia vão ser investidos 15 mil milhões de dólares. A Argentina tem recursos humanos e naturais para alimentar o mundo. E voltamos a página na nossa história, porque a mudança começou por dentro, pelo cidadão argentino. Esta mudança de atitude só pode ser sentida pela Mota-Engil ao abrir de novo os escritórios em Buenos-Aires. E é esse o repto que deixo aqui.”, frisou Oscar Armando Moscariello, Embaixador da Argentina.

Já a Embaixadora da Colômbia, Carmenza Jaramillo, a propósito dos acordos de paz e do crescimento económico do seu país, afirmou “se não fossemos um povo decidido e não tivéssemos empresários competentes e bons gestores, jamais teríamos sobrevivido ao à guerra que enfrentámos, por isso, o que são 1300 viadutos, ou os 990 km de vias férreas para fazer, nada que com a vossa ajuda e já agora o regresso da TAP, não consigamos”.

“Cuba já tem 19 projetos aprovados no Porto de Mariel e tudo isto com um embargo que cumpre 55 anos. Imaginem o que não seremos todos capazes de fazer se nos apoiarmos. E os portugueses estão na linda da frente e assim devem continuar”, terminou Anabel Serrallonga Hidalgo, conselheira económica de Cuba.

O encontro terminou com uma visita e um almoço no Palácio de Mateus, gentilmente oferecida pelos seus proprietários.

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