Reabilitação da Rede Ferroviária é oportunidade de investimento na Argentina

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“Estamos a trabalhar para transformar o país e a sua imagem no mundo”, afirmou Guillermo Fiad, presidente da ADIF – Administração de Infraestruturas Ferroviárias da Argentina, durante o seminário “Reabilitação e Extensão da Rede Ferroviária na Argentina”, realizado no auditório da AICEP em Lisboa, no dia 29 de junho.

A parceria entre Portugal e Argentina é vista pelo presidente como uma “oportunidade para a cooperação”, com o início de um novo governo no país, que pretende um maior investimento nas infraestruturas e na recuperação da qualidade de serviços deficientes. “Este é um processo que queremos que se destaque pela transparência”, garante, caracterizando a conjuntura do país como “muito favorável para o investimento”.

Com os números do investimento direto estrangeiro baixos, Guillermo Fiad explica que a ADIF tem como objetivo “apresentar um plano atrativo para as empresas, para que aproveitem esta nova fase”. Dividindo as oportunidades no setor ferroviário entre setor dos passageiros e setor de mercadorias, o desafio proposto aos interessados em investir nesta área é, especialmente, o de “reabilitar praticamente todo o setor de mercadorias, com o objetivo de atingir cerca de 22 milhões de viagens diárias”, explica.

Foram apresentados os planos de construção e reabilitação dos sistemas rodoviário, portuário, aéreo-portuário, de mobilidade urbana e ferroviário. Este último engloba a intervenção, entre 2016 e 2019, em seis províncias (Chaco, Salta, Jujuy, Santiago del Estero, Santa Fe, Tucumán), afetando cerca de 11 milhões de habitantes, criando 6 mil postos de trabalho diretos e 15 mil indiretos e abrangendo 1555 quilómetros de via.

“Melhorar a qualidade de vida das pessoas” é a intenção que está por detrás deste plano, e Guillermo Fiad explica e salienta a transparência em todo o processo de licitação. Neste momento a ADIF recebeu já algumas “boas propostas” para as obras previstas, mas espera as “boas propostas” vindas das empresas portuguesas.

Rita Araújo, diretora de Relações Internacionais e Mercados Externos da AICEP, destacou a importância do projeto que a ADIF tem em mãos. “Acredito que as empresas portuguesas têm capacidade de o acompanhar”, garante, acrescentando que “existe um trabalho a fazer de ambos os lados [empresas e governos]”.

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