Oportunidades de internacionalização no Peru expostas na AIP

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“Porquê investir no Peru?”, foi a questão colocada pelo conselheiro comercial do Peru, Juan Luis Kuyeng, orador no Workshop Empresarial “O Peru na rota de expansão das empresas portuguesas”, organizado pela Casa da América Latina, a Fundação AIP e a Embaixada do Peru, no dia 25 de maio.

O conselheiro enumera quatro pontos-chave: a solidez macroeconómica reconhecida internacionalmente; o clima favorável ao investimento; a política de integração comercial no acesso aos mercados; e a potencialidade de investimento em setores específicos. Neste último, destaca os setores agro-alimentar, pesca, florestal, têxtil, mineiro, elétrico, do turismo, imobiliário, infra-estruturas e transporte e serviços/ outsourcing.

Com um crescimento do PIB de 2,4%, o Peru apresenta-se num patamar superior de crescimento à média da União Europeia, e no topo dos países da América Latina. Favoráveis são ainda a política económica que “se mantém estável” e o investimento direto estrangeiro, avaliado em 8 mil milhões de dólares. “A taxa de inflação é uma das mais baixas da região, permitindo a estabilidade, tanto ao nível do país, como ao nível empresarial”, afirmou Juan Kuyeng, acrescentando ainda que “Portugal é o ponto mais próximo da América Latina e tem as condições para exportar para o resto da Europa, ou mesmo África, importando diretamente do Peru, sem intermediários. E esse um dos objectivos do meu trabalho em Portugal ”.

O Grupo Arrivelo, consultora peruana especializada em assessoria, desenvolvimento de projetos de investimento e empresariais no Peru e na Colômbia, esteve representado pelo seu CEO, Andrés de Arriaga, que destacou a importância em compreender a “mentalidade peruana” no processo de internacionalização. O empresário ofereceu uma série de informações práticas sobre a vivência peruana, práticas de consumo, idioma (que difere do castelhano), aconselhando a visita ao país e o acompanhamento por parte de um assessor local. “O ‘know how‘ das empresas europeias e as oportunidades que se podem encontrar no peru são uma união que resulta”, garantiu. Referiu projectos que a Consultora acompanha em setores tão diferentes como: energia, imobiliário, turismo, hotelaria, gestão de trânsito e mobilidade, construção de parques de estacionamento subterrâneo e até parques aquáticos. “Oportunidades que podem surgir ao nível nacional, mas sobretudo existem projetos nas províncias e nas cidades que podem ser muito interessantes para as empresas portuguesas”, salientou.

Empresas Portuguesas no Peru

Como caso de sucesso, foi apresentada a experiência do grupo construtor Mota-Engil, pela voz do seu diretor corporativo de Planeamento Estratégico, Nuno Teixeira da Silva, que identificou o país como “apetecível” para o setor da construção. “O Peru é um país óptimo para fazer negócios, que sempre nos tratou bem. Não houve um ano em que perdêssemos dinheiro. Estamos expostos a clientes privados de altíssima qualidade. Os nossos colaboradores peruanos, 5000 ao todo, já trabalham connosco em outros continentes e ajudaram muito a Mota-Engil a crescer, não só na nesta região, mas também em África”, afirmou, salientando o novo plano de infra-estruturas previsto para o Peru, no qual o grupo espera vir a participar.

“O Peru é apelativo também para as pequenas e médias empresas”, ressalva Miguel Dias, internal sales international da PHC Software, outro caso de sucesso, de menor dimensão. Lembra que o investimento do país em IT é de mais de 10,9%, demonstrando uma grande propensão para a modernização tecnológica, com um mercado de 20 mil milhões de dólares no que toca ao Software. Da estratégia de penetração da empresa fazem parte as missões empresariais, o investimento forte em marketing e a oferta adaptada, oferecendo um serviço altamente especializado para cada tipo de negócio.

Cristina Valério, coordenadora empresarial da CAL, realçou a importância da confiança estabelecida em ambiente de negócios no Peru, assegurando o apoio de entidades como a CAL, a fundação AIP e a equipa da embaixada e parceiros como o Grupo Arrivelo durante o processo de internacionalização. “Trabalhar em equipa é fundamental”, destaca. A Embaixadora do Peru em Portugal, Lissette Nalvarte, reforça esta intenção, referindo que “existe um imenso potencial por desvendar nos negócios entre Portugal e o Peru, sendo que estas são economias complementares. É um país em crescimento que espera os investidores de braços abertos, para que possam encontrar oportunidades e benefícios”.

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