Carta de descoberta do Brasil exposta em Belmonte

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A histórica “Carta a El-Rei Dom Manoel sobre o Achamento do Brasil”, de Pêro Vaz de Caminha, vai estar exposta ao público em Belmonte a partir do próximo dia 26 de abril, no castelo da vila. O anúncio foi feito por António Rocha, Presidente da Câmara de Belmonte, no passado dia 20 de Abril, em Lisboa, num encontro que reuniu representantes da Casa da América Latina, da Embaixada do Chile e outros organismos culturais.

Esta é apenas a segunda vez que a missiva datada de 1 de maio de 1500 deixa os arquivos da Torre do Tombo. A primeira foi há 16 anos, quando foi exposta no Brasil para comemorar os 500 anos da descoberta daquele país.

António Rocha justifica a escolha de Belmonte para acolher a Carta com o facto de esta ser a terra natal de Pedro Álvares Cabral, algo que permite à vila manter “relações muito fortes e próximas com o Brasil, a nível histórico e também religioso”.

Já Silvestre Lacerda, Director do Arquivo Nacional, considera que “esta pode ser uma oportunidade de ouro para tirar outros documentos do Arquivo Nacional e fazê-los circular pelo país. Isto permite-nos, por exemplo, criar novos olhares e perspectivas sobre a memória colectiva e a noção de identidade do país”.

Manuela Júdice, da Casa da América Latina, congratulou os dois representantes pela iniciativa, considerando-a “de enorme valor na aproximação e entendimento cultural entre os dois países”.

Esta exposição vai estar patente até 26 de outubro e irá dividir-se em dois espaços. O primeiro será ilustrado com imagens que remetem para o imaginário medieval. A segunda área dá destaque à “Carta de Pêro Vaz de Caminha” e privilegia a palavra em detrimento da imagem, sendo a carta contextualizada através das peças cedidas pelo Palácio Nacional de Sintra, a Casa-Museu Medeiros e Almeida e o Museu Nacional de Arte Antiga, e Lisboa.

António Rocha declarou ainda que espera que o número de visitantes ao Castelo de Belmonte ascenda aos 100 mil ainda antes do final deste ano.

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