Gabriel Soeiro Mendes – “Nada é demais para inspirar as pessoas a viajar”

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Gabriel Soeiro Mendes foi o vencedor do 1º prémio de fotografia “Eu Fiz o ‘Mochilão’ na América Latina”, promovido na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) 2016, e organizado pela fundação AIP e Casa da América Latina. O blogue “Uma Foto, Uma História” ilustra a sua paixão pela fotografia de viagem que o levou a ganhar a segunda edição deste concurso.

O teu blogue chama-se “Uma Foto, Uma História”… Qual é a história da fotografia vencedora?

A fotografia foi tirada no deserto de Huacachina, no Peru. Muitas pessoas nem devem imaginar que num país onde os Andes e a Amazónia dominam a paisagem, existam cenários como aquelas dunas, que mais parecem tiradas de um deserto do Saara. As dunas da fotografia ficam perto da cidade de Ica, a sul de Lima, e uma das atrações principais é andar de buggie ao pôr-do-sol. A fotografia foi tirada a meio desse passeio (que de passeio não tem nada, mas sim muita adrenalina a alta velocidade!).

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Já viajaste um pouco por todo o mundo. Podes dizer que a América Latina é especial para ti?

Da América Latina apenas conheço o Peru e devo dizer que foi um país que me surpreendeu pela positiva: paisagens diversificadas, gentes muito afáveis, excelente comida e um sentimento de segurança geral. Foi uma boa amostra da América Latina. Ansioso por regressar.

Porque escolheste o Peru?

Escolhi o Peru pela grande diversidade de paisagens num território relativamente pequeno (pelo menos nos padrões das Américas). Em algumas centenas de quilómetros quadrados o Peru tem de tudo: floresta tropical, altiplano, deserto, montanha e mar. Fora ser o berço de uma civilização milenar e ter uma cultura própria apaixonante.

A fotografia é o ponto central das tuas viagens?

A fotografia e as viagens estão fortemente ligados no meu caso. Não viajo apenas para fotografar é certo, mas é grande parte dos meus dias em viagem são ocupados a pensar em fotografia: a imaginar composições, a executá-las, a fazer longas exposições, a fotografar pessoas, comida, edifícios, paisagens… Quando chego gosto obviamente de partilhá-las, mas não sem uma “âncora”, e essa âncora são as histórias associadas. São essas histórias que tento dar a mostrar no meu blogue.

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Que tipo de conselhos poderias dar a quem quer fazer o ‘mochilão’?

O mais importante é: viajem leves. Quando fazemos a mala (a mochila neste caso) tendemos a pensar que vamos precisar de mil e uma coisas, mas na verdade não precisaremos nem de metade. E mesmo o que levamos pode ser facilmente comprado no destino para onde viajamos. Na minha mochila vai apenas: o básico para a higiene, roupa para três dias e material fotográfico. A roupa vou lavando em hostels ou comprando à medida que for preciso.

Achas importante haver divulgação deste tipo de experiências?

Sem dúvida. Concursos, eventos, palestras, exposições, livros… Nada é demais quando falamos em inspirar as pessoas a viajarem e a alargarem os horizontes.

Tens planos de voltar à América Latina?

Estive quase para ir este ano ao México. Para já foi adiada a viagem. Gostava muito de conhecer o Panamá e a Argentina. Espero que muito em breve.

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