A América Latina no Portugal Exportador 2015

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Decorreu no passado dia 19 de Novembro, no Centro de Congressos de Lisboa, a 10ª edição do Portugal Exportador. As comitivas do México e do Panamá (esta acompanhada pela Casa da América Latina) estiveram em destaque numa edição que de acordo com o comendador Jorge Rocha Matos teve “mais de 1500 empresas inscritas”.

“Esta edição do Portugal Exportador está mais virada para o conhecimento. Foi pensada tanto para servir as necessidades de empresas, como das universidades e outras instituições públicas e aproximá-las entre si”, referiu ainda o comendador durante a sua intervenção na sessão de abertura do Portugal Exportador.

De facto, o pavilhão do Centro de Congressos fervilhou durante cerca de doze horas com conversas bilaterais, encontros mais ou menos informais, workshops, sessões de demonstração ou cafés temáticos. Representantes de várias instituições desdobraram-se na tentativa de cumprir os horários rigorosos e repletos de actividades que, tal como Jorge Rocha de Matos anunciara, procuravam servir os propósitos de todos os presentes.

Melitón Arrocha, Ministro do Comércio e Indústrias do Panamá, foi precisamente uma das figuras mais requisitadas do dia. Convidado a discursar na sessão de abertura do Portugal Exportador, onde surgiu ao lado do ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas, aproveitou para lembrar que “o Panamá está a crescer bem mais do que o conjunto de todos os países da América Latina” e que por isso mesmo o seu país “vive um excelente clima de investimento”.

Pouco depois, numa sessão dedicada exclusivamente ao Panamá, Melitón Arrocha haveria de esclarecer que “a economia do Panamá cresce cerca de 6% por ano”. Algo que no entender do Ministro se deve a vários factores. Primeiro, pela sua posição geográfica estratégica. Com dois oceanos a banhar o Panamá, Melitón não hesita em apelidá-lo de “país mais bem interconectado da América Latina”, que permite a rápida circulação de bens e serviços. Depois, pela política de grandes obras públicas (como a ampliação do Canal do Panamá, a construção de novos aeroportos, a implementação de fibra óptica ou a renovação da rede de energia) que, aliada às vantagens fiscais das chamadas zonas livres ou francas, têm atraído cada vez mais investimento externo “que esperemos que continue a crescer”.

Na mesma sessão, o embaixador português no Panamá, Pedro Pessoa e Costa, reforçou a ideia de que há muita margem para o investimento externo no Panamá. “Este é um país estável, bom para investir e exportar, um país para onde as empresas e produtos portugueses devem olhar”, disse Pedro Pessoa e Costa. “Gostava ainda de lembrar que com a abertura da Embaixada portuguesa no Panamá, as empresas têm um apoio permanente e in-loco para se estabelecerem. E em Portugal têm na pessoa da Embaixadora do Panamá, Ilka Varela de Barés, outro excelente suporte, numa simbiose que devem aproveitar”, concluiu Pessoa e Costa.

Ilka Varela de Barés reforçou esta ideia assumindo esperar “um reforço da presença portuguesa no Panamá e uma aproximação entre os dois países” convidando-os desde já a estarem presentes na “Feira Expocomer a decorrer no próximo ano de 9 a 12 de março de 2016” acrescentou.
O workshop contou ainda com a presença das empresas portuguesas Infraventus, Vilaplano e Kinnova Consulting & Associados, que falaram ao público da sua experiência neste mercado recente. A quase inexistência de burocracia, o cumprimento de prazos e os incentivos fiscais foram os aspectos mais vezes referidos pelos três empresários.

A sessão ficou completa com as apresentações de três órgãos panamenses ligados às mais diversas áreas. A IFAHRU, por exemplo, é a instituição responsável pela atribuição de Bolsas de Estudo a estudantes panamenses no estrangeiro, ao passo que no Panamá procura chegar directamente às universidades para encontrar e captar talentos de forma a aumentar os níveis de desemprego. Já a AUPSA, que em dias anteriores visitou as instalações do Mercado Abastecedor da Região de Lisboa e Sonae Continente em Cascais, apresentou o seu sistema de certificação e registo de produtos alimentares online que se destaca pela facilidade e quase ausência burocrática.

Houve ainda tempo para a apresentação do Metro do Panamá, “uma rede intermodal e desenvolvida à imagem do hub que é o país”, disse Ana Laura Morais, Diretora de Planeamento do Metro do Panamá. Para o fim, ficou a apresentação da Zona Libre de Colón. Como Surse Pierpoint realçou, “esta é uma zona perfeita para multinacionais. Primeiro pela posição geográfica absolutamente única e estratégica no contexto latino-americano; depois, pelos inúmeros benefícios fiscais – como alugueres mais baratos, ausência de impostos – que a zona oferece”.
Para a tarde, ficaram marcados os Cafés Temáticos. À volta de várias mesas redondas, os participantes, empresários ou simples curiosos tiveram a oportunidade de privar durante 45 minutos com os vários representantes presentes no Portugal Exportador.

A Casa da América Latina foi responsável por alguns dos mais concorridos da tarde. O primeiro, intitulado Exportação e Investimento no Panamá, contou com mais de uma dezena de pessoas que puderam conversar com Marisela Gonzalez, directora da Proinvex Panamá e saber mais sobre o investimento no Panamá. O café Como exportar produtos do Sector Alimentar para o Panamá, encabeçado por Yuri Huertas da AUPSA, e a sessão Zonas Francas no Panamá: Zona Libre de Cólon, com Surse Pierpoint, decorreram pouco depois e registaram semelhantes níveis de sucesso.

Quase ao mesmo tempo, Cristina Valério, da Casa da América Latina, orientava juntamente com Juan Luis Kuyeng (Conselheiro Económico da Embaixada do Peru) o café temático Como Negociar na América Latina: O exemplo Peruano. Ali ao lado, Filipe Vasconcelos Romão, da Câmara de Comércio Portugal Atlântico-Sul, conduzia a sessão Como exportar para o Uruguai, que chegou ao fim praticamente ao mesmo tempo que a décima edição do Portugal Exportador.

Galeria de fotos

Apresentações:
PROINVEX
ZONA LIBRE
AUPSA
IFARHU
METRO Panamá
Infra Ventus
Kinnova Panamá
Vilaplano Construções

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