Peru na rota de expansão das empresas portuguesas

Etiquetas: , , ,
___________________________________________________________________________________

“O Peru na rota da expansão das empresas portuguesas” foi o mote para uma conferência promovida pelo Grupo Arrivelo e Lusa PME, no dia 22 de Outubro, no Aviz Trade Center no Porto, com o apoio da Casa da América Latina.

“Em termos económicos, hoje na América Latina podemos falar de países fechados e países abertos. Peru é um país aberto, mas, e talvez por isso, existe muita concorrência. Não é fácil “entrar” no Peru, concorrer a concursos e ganhar ou até simplesmente exportar. Conseguir um visto é fácil (e os portugueses não necessitam), mas concorrer com empresas, espanholas, brasileiras, americanas e chilenas altamente competitivas, é difícil. Há que encontrar um aliado seguro, um sócio, alguém que conheça o mercado e nos abra as portas de forma clara e transparente para que consigamos vingar, sem correr grandes riscos. O Grupo Arrivelo pode ser uma solução. E depois, quando a empresa já estiver mais confortável no país, pode seguir o seu caminho”. Iniciou assim a sua intervenção Juan Luis Kuyeng, Conselheiro Económico e Comercial da Embaixada do Peru.FL

“A reunião da Comissão Económica para América Latina e Caribe vai realizar-se em Lima, os jogos Pan-americanos também se realizarão em Lima em 2019, a EDP investiu em projectos energéticos na fronteira com Brasil com o objectivo de vender a esse país energia a partir de investimentos no Peru, há necessidade de produtos portugueses até por questões de diferenças de sazonalidade. Há muitas oportunidades, mas há que saber encontrá-las e escolher as que nos são adequadas” aconselhou Kuyeng.

“O Peru é um país assumidamente lobista, sem qualquer preconceito do termo. É preciso conhecer as pessoas certas e criar um nome no mercado. E neste momento, para as empresas portuguesas a internacionalização não é uma opção, mas uma necessidade. O Grupo Arrivelo representa mais de 40 empresas no Peru de todos os setores. Criamos convosco a empresa em 30 dias, alojamo-la no nosso Business Centre e procuramos bons negócios com e para o nosso cliente, pois só alugar um escritório numa boa zona em Lima é difícil e caro (mais de 30 dólares por metro quadrado). No Peru o ritmo é outro, muito mais lento que em Portugal. Há que assumir a lentidão do país, ter encaixe financeiro para aguentar, mas depois vale a pena, pois as margens de lucro também são muito superiores”, começou por referir D. Andrés de Arriaga, Presidente do Grupo Arrivelo, que representa mais de 40 empresas de vários sectores.

“Uma das empresas representadas pelo nosso Grupo acabou de ganhar o concurso para uma extensão do metro de Lima no valor de 6 mil milhões de dólares. As oportunidades são imensas: habitação (existe um elevado défice de 1,9 milhões de habitações), centros comerciais, estradas, aeroportos, portos, saneamento, instalação de fibra ótica… O consumo disparou e há interesse por novos produtos e produtos europeus e porque não portugueses?”, disse ainda o .

É fundamental o parceiro local, a empresa tem de estar perto para atender o telefone se houver algum problema. E não só do outro lado do Atlântico. Outro conselho: para se trabalhar neste mercado a experiência é um requisito e cumprir prazos também. O peruano é muito educado, gentil, mas desconfiado. Há que ganhar a confiança com provas e eficiência, e o Grupo Arrivelo dispõe-se a ajudá-lo a ganhar essa confiança e a reduzir os riscos de uma aventura a solo.

Partilhe: