“Casamento sem paixão” luso com Colômbia mudou

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Na segunda de uma série de entrevistas a Embaixadores latino-americanos em Portugal, a Casa da América Latina entrevistou Germán Santamaría Barragán, Embaixador da Colômbia desde 2012. A conversa versou sobre a sua carreira profissional, sobre a cultura do seu país e de Portugal, sobre a situação tensa que ainda se vive na política colombiana, mas também sobre as relações económicas entre ambos os países.

Estudou Engenharia Florestal, mas cedo se tornou jornalista. Como seria hoje o Germán Santamaría Barragán engenheiro?

Estudei em Tolima, uma província colombiana, mas tive desde muito jovem uma forte inclinação para o jornalismo e a literatura. Terminei o curso de Engenharia Florestal, mas não me interessou exercer porque se trata de uma profissão muito próxima da indústria papeleira e com interesse em modificar a flora nativa por espécies como eucaliptos ou pinheiros. Interessa-me a natureza, a ecologia, a preservação dos bosques e da água, aspectos que são, hoje, mais tidos em conta, também na Colômbia, mas que não o eram quando estudei. Foi por isso que me dediquei à vocação de jornalista, primeiro em Tolima, depois em Bogotá, onde tive a oportunidade de trabalhar durante quase 20 anos no jornal mais importante da Colômbia, El Tiempo. Ali tive um percurso interessante, com algum destaque e muitos leitores, várias crónicas, coberturas de acontecimentos, vários deles internacionais.

Poderia, então, não ter tido uma vida tão realizada caso tivesse apostado na carreira de engenheiro?

Bem, não sei, nunca se sabe. A verdade é que a vida de jornalista foi muito realizada, permitiu-me conhecer a fundo a Colômbia e a América Latina, bem como parte da Europa e do mundo. Conheci vários aspectos da vida na Colômbia, desde as dinâmicas do poder às circunstâncias sociais. Isso permitiu-me chegar a esta importante experiência como Embaixador do meu país em Portugal.

Acredita que lhe estava destinado este percurso profissional, ou foi um acaso?

A vida é assim. Fui jornalista durante mais de 30 anos e, quando cheguei aos 60, pensei que gostaria de ter uma experiência de vida e de trabalho fora do meu país. Conheço o actual Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, desde que ele era subdirector do El Tiempo, pois o jornal era propriedade da sua família. Trabalhei com ele durante muitos anos no jornal, depois contratou-me para seu assessor no Governo, quando se tornou Ministro. Agora tive a sorte de me ter sido dada esta oportunidade. E quero sublinhar uma coisa: vim para Portugal não porque mo tenham indicado, mas porque disse que gostaria de vir para cá. Quando terminou a campanha presidencial, Santos perguntou-me o que teria interesse em fazer. Eu disse-lhe que não tinha tanto interesse em continuar a trabalhar na Colômbia. Perguntou-me se teria interesse no serviço exterior, na diplomacia. Disse-lhe que sim e, depois de algumas conversas, foi-me dada uma lista de países para os quais eu poderia ser destacado. Portugal não estava na lista. O que eu disse ao Presidente foi que teria muito orgulho em ser Embaixador da Colômbia na Europa, mas que o país que me interessava mais era Portugal.

Porquê Portugal?

Por vários motivos. Vim à Europa 20 ou 30 vezes ao longo da vida (Madrid, Paris, Roma, Moscovo, vários outros países), mas nunca tinha vindo a Portugal. Tinha, isso sim, lido muita literatura portuguesa.

Li que Fernando Pessoa e José Saramago são os seus preferidos.

Sim, mas também gosto de [António] Lobo Antunes e Eça de Queiroz, entre outros. Interessava-me perceber como um país tão pequeno havia colonizado meio mundo, queria conhecer a sua história de navegantes, o Fado, etc. Quando lia romances de Antonio Tabucchi, como o Afirma Pereira e outros, aquelas descrições do Chiado e de outras zonas de Lisboa faziam-me querer conhecer a cidade e o país. Um país que eu conhecia imaginária e literariamente. Os outros países europeus atraíam-me menos, conhecia-os melhor. O clima, a comida, as pessoas, a cultura e a arquitectura de Portugal foram motivos para eu querer vir para Portugal.

A política externa portuguesa tem vindo a apostar cada vez mais no mercado colombiano, mas o inverso tarda em acontecer. Portugal não é prioritário para a Colômbia?

As exportações de Portugal para a Colômbia aumentaram muito, mas há que ver que o investimento português na Colômbia também beneficia muito Portugal, dados o sistema atractivo para investimento e a possibilidade de levarem mão-de-obra portuguesa. Em breve virão para Portugal empresários colombianos, sobretudo das áreas da agricultura e floricultura. Portugal tornou-se um país estratégico para a Colômbia, por motivos estratégicos e por ser actualmente país-membro do Conselho de Segurança da ONU.

Voltando ao jornalismo: tornou-o famoso a cobertura da história de Omayra Sánchez, a menina que faleceu depois de três dias presa nos escombros da sua casa, em Armero, após a erupção de um vulcão. Esteve sempre perto dela, e chegou a dizer que ela cantou para si. O que lhe cantou?

O tema de Omayra não me agrada muito, foi doloroso. Ela converteu-se num símbolo muito forte no mundo, sobretudo em França e no Japão. Foi muito famoso o episódio da morte dela. Eu fui um dos primeiros jornalistas que estiveram com ela e lembro-me perfeitamente de quando cantou e de como me falou de uma canção, que agora não lembro. O que mais me impressionou, naquele 12 de Novembro de 1985, foi quando ela me disse que na semana seguinte tinha um exame de matemática. Eu sabia que ela não teria outra semana, que ia morrer, por isso ouvi-la falar desse modo foi muito forte para mim. Não conheço quem tenha tido tanto valor, tanta dignidade, tanta alegria, até, na altura de morrer. O escritor Ernest Hemingway disse que a dignidade de um homem só se avalia pela maneira como ele morre. Na alegria e no êxito é fácil viver; é menos fácil conviver com a lei inexorável de que se morre.

Que efeito teve sobre si a sensação de impotência face ao destino de Omayra?

Naqueles dias chegámos a ir a Bogotá, de onde trouxemos um helicóptero (conseguido por Juan Manuel Santos). Quando tentámos retirá-la da água e dos escombros percebemos que não conseguiríamos. Não costumo dizer isto, mas um dos socorristas pediu-me que decidisse o que fazer com ela, porque ia falecer mais tarde ou mais cedo. Uma das hipóteses que me colocou foi a de tentarem puxá-la abruptamente, o que certamente lhe quebraria as pernas e provocaria a sua morte rapidamente. Eu fiquei extremamente triste e pedi que não me colocassem essa decisão nas mãos. Depois afastei-me um pouco, estive a uns 30 metros dela, quando ela faleceu. Não fui capaz de a ver morrer, voltei quando ouvi os gritos de quem por lá ficou. Ela foi deixada mesmo ali, sepultada com umas pedras e umas madeiras.

Costuma lembrar-se dela?

Sim, muito, e não gosto de ver fotografias dela na internet. Fico nervoso. Conheci a sua mãe quando lhe ofereci o prémio de jornalismo que ganhei ao cobrir a história de Omayra.

Outra das histórias famosas que cobriu enquanto jornalista foi a de uma família que se suicidou na véspera de Natal.

Lembro-me bem. Eu estava no jornal e um colega disse-me que num hotel se haviam suicidado mãe, pai e filhos – o pai terá matado os filhos. Fui com um fotógrafo à agência funerária e fiquei impressionado com os dois ataúdes grandes e os dois mais pequenos, os dos filhos. O dia era 24 de Dezembro. Fui ao hotel para tentar perceber o porquê daquela tragédia. Percebi que haviam chegado da província pouco tempo antes e se haviam hospedado naquele hotel, um hotel barato, popular. Não tinham dinheiro, nem trabalho. O peso psicológico daquelas cores, da festa, terá sido a causa. Escrevi aquela história para ilustrar que o que provoca alegria em alguns pode provocar solidão noutros.

Também esteve na Guerra das Malvinas. Como foi essa experiência?

Bem, na altura da guerra só os repórteres ingleses podiam cobrir a guerra na ilha. Estive durante três meses, praticamente todo o período da guerra, em Buenos Aires, onde estavam os outros jornalistas, e em Río Gallegos, no sul, onde estavam as Forças Armadas argentinas. Foi uma experiência terrível. Morreram quase 400 soldados argentinos, vários deles adolescentes, que combateram contra o exército norte-americano, um exército profissional e com alta tecnologia. Foram massacrados, morreram de frio, mas foram muito valentes – a Força Aérea argentina chegou a afundar três fragatas britânicas. Mas o Reino Unido era muito poderoso e contava com a tecnologia dos Estados Unidos, inclusive tinha informação de satélite que a Argentina não tinha. Num dado momento, a Argentina já não tinha como mover os seus barcos dos portos sem que fossem imediatamente alvo de um míssil.

O tema da violência é muito forte na sua carreira jornalística, mas também nos livros que escreveu. Como vê o actual estado das relações entre o Governo colombiano e as FARC?

A Colômbia é um país com uma história muito complexa, fruto também da Guerra Fria. Nos anos 60, quando se deu a revolução cubana e a Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética chegou ao seu nível máximo, os soviéticos acreditavam numa revolução mundial e apoiaram guerrilhas em vários países do mundo: em África, por exemplo em Angola e em Moçambique, mas também na América Latina, guerrilhas da Guatemala, de El Salvador, México, Honduras, Venezuela, Colômbia, Peru, mas também movimentos urbanos da Argentina e do Uruguai. Na Colômbia surgiu o que, no meu entender, foi um fenómeno único no mundo: o narcotráfico. As guerrilhas em quase todos os países ficaram sem financiamento após a queda da União Soviética. Na Colômbia descobriram o narcotráfico, para além da extorsão e dos sequestros. Solidificaram-se assim, tornaram-se muito ricas e poderosas. Também a geografia e aspectos socio-económicos da Colômbia foram importantes: o campesinato pobre, os latifúndios e a marginalidade foram factores que contribuíram para que as guerrilhas prosperassem. Hoje em dia essas guerrilhas parecem não saber que a Cortina de Ferro já caiu, acreditam que ainda é possível fazer uma revolução marxista-leninista na Colômbia. Mas quero dizer que a Colômbia está hoje num momento muito importante: quando foi Ministro da Defesa, o actual Presidente deu golpes muito duros na estrutura das FARC, destruiu a cúpula, os veteranos que tomavam as decisões. Ele demonstrou que sabe fazer e ganhar a guerra, mas está a demonstrar também, agora, que é um estadista e que sabe fazer a paz, que é muito mais difícil do que a guerra.

Não é contraditório querer a paz depois de ter feito a guerra?

Parece-me lógico. Juan Manuel Santos demonstrou que a guerrilha não pode vencer a guerra, por não ter a base social necessária – 95% dos colombianos não querem um governo marxista. Demonstrou também que os consegue ferir gravemente, tanto na liderança como na base de recrutamento. Por outro lado, é um estadista moderno e sabe que há um custo muito alto em exterminar uma guerrilha. Ele sabe que uma acção militar de terra queimada não é o que a Colômbia quer. Por isso criou a possibilidade de negociação, que leva já três anos, avançou muito. A abertura de um espaço político, permitindo que vão a eleições e participem na vida política do país, é o caminho correcto.

A sua relação de proximidade com Juan Manuel Santos fê-lo trazer o Presidente do seu país a Portugal, em 2012.

Sim, foi uma visita muito bem sucedida. A Colômbia e Portugal têm 158 anos de boas relações políticas, mas nunca um Presidente português havia visitado a Colômbia, nem um Presidente colombiano havia vindo a Portugal em visita de Estado. Também não havia voos directos entre Lisboa e Bogotá, como agora temos, nem havia uma Jerónimo Martins que abrisse uma loja Ara semanalmente na Colômbia. Hoje há 50 empresas portuguesas com escritório em Bogotá. Juan Manuel Santos disse este ano, na Cimeira Ibero-americana, no Panamá, que o caso de Portugal e da Colômbia é o de dois países cujas relações, sempre boas, podem ir mudando ao longo do tempo. Era um casamento antigo, sem paixão, mas isso mudou.

As viagens TAP de Lisboa a Bogotá são sobretudo de negócios, ou começa a surgir também turismo português na Colômbia?

Há ambas as coisas, e há também muitos turistas europeus que fazem escala em Lisboa para viajarem para Bogotá. É mais barato e mais rápido.

Passando à cultura: A Colômbia é um país que sonha, como no título da antologia de poesia colombiana que a sua Embaixada fez editar. E Portugal: é um país que espera, como referiu há dias [no debate entre encenadores da Mostra Latino-americana de Teatro, organizada pela CAL no Teatro da Trindade, em Lisboa] o dramaturgo Élmer Veckio Mendoza?

Creio que Portugal não é um país que espera, mas que procura. Historicamente, Portugal buscou outros horizontes, navegou e procurou outro destino.

Mas há uma carga melancólica em alguma da mais importante cultura portuguesa, como a obra de Fernando Pessoa, um autor que admira muito.

Isso é verdade, sim. Parece-me que todos os países têm a sua tragédia, que é também a sua grandeza. Como disse, na Colômbia a tragédia está na violência, mas também no isolamento que viveu durante muitos anos, ao contrário de outros países latino-americanos. Não houve emigração europeia, praticamente, para a Colômbia, como houve para a Venezuela, para o Brasil, a Argentina, o Uruguai. Durante 60 anos, a Colômbia foi um país muito fechado aos estrangeiros e ao mundo. Agora está mais aberta. Portugal também foi assim, isolado. Estas são circunstâncias que aproximam ambos os países, que buscam um destino. Mas eu diria que Portugal não espera por esse destino, está à procura dele.

Mas a descrição que fez dos aspectos climatéricos, geográficos e socio-económicos da Colômbia não a distinguem de Portugal?

Sim, mas acho que há algo mais íntimo que aproxima as duas culturas. É certo que os colombianos são também mais alegres, mas a tristeza portuguesa é bonita, traduz-se de forma muito interessante em arte.

O Embaixador do Chile em Portugal, Patricio Damm, que entrevistei no mês passado, disse-me que o autor chileno que mais enformou a cultura contemporânea do país foi Pablo Neruda. Na Colômbia esse papel, a existir, coube a Gabriel García Márquez?

O escritor que marca a história da Colômbia é García Márquez. É um autor universal. Emociono-me muito sempre que falo dele. Cem anos de solidão é a segunda obra mais importante em castelhano. Quando ele faleceu, o El País escreveu “Morre o novo Cervantes”. Ele não foi apenas escritor, ele criou um universo sobrenatural, algo de uma dimensão bíblica. A sua literatura é absolutamente colombiana, ainda que ele tenha vivido mais tempo fora do que na Colômbia. Cem anos de solidão é a história do país, está tudo lá: é um país mágico e violento, terno e duro, selvagem e poético, triste e alegre. Os extremos, a tragédia, a grandeza da Colômbia estão todos lá.

Que outras obras de García Márquez o marcaram?

No meu entender, Ninguém escreve ao Coronel é uma história muito bonita e O Outono do patriarca é um livro muito bommas Cem anos de solidão é completamente diferente, leva o idioma castelhano ao seu máximo. É como o alcançar de um recorde num desporto. Tem uma velocidade impressionante, um estilo e um uso do tempo únicos. O manuseamento de personagens durante 100 anos, como ele faz neste livro, é uma gestão da totalidade. Como ele só Tólstoi o faz. Criar um universo como o daquele livro é uma tarefa bíblica, sem exagero. É necessário ter um cérebro muito grande e uma veia poética forte. É um livro que só é compreendido totalmente por quem dominar bem a língua castelhana. A escrita e a estética em García Márquez são únicas.

O seu interesse pela obra de García Márquez também tem que ver com o passado de ambos como jornalistas?

Sim. Eu conheço bem a obra dele, entrevistei-o cinco vezes. Um dia ele escreveu uma crónica elogiando textos meus, fiquei muito emocionado. Não fomos amigos, mas estive em sua casa no México, também em Bogotá e em Cartagena. García Márquez é uma maravilha e um problema.

angústia da influência?

Quando o escritor polaco Witold Gombrowicz decidiu regressar da Argentina, onde viveu, à Europa, vários escritores foram despedir-se dele ao porto. Ele disse-lhes: “Matem [Jorge Luis] Borges”. Eu escrevi um artigo dizendo “há que matar García Márquez”, muitas pessoas ficaram chocadas com este título. Eu dizia que queremos tão bem García Márquez, é tão imprescindível para nós, que temos de o “matar”. A minha geração sofreu muito a influência dele, bem mais do que as gerações de escritores mais jovens. O seu estilo, o seu ritmo, a sua mundivisão marcaram-nos muito. Uma das coisas que escrevi para o meu livro No morirás fez com que dissessem que fui muito influenciado por García Márquez: quando eu era miúdo, numa quinta onde se processava o açúcar, um dia reparei numas borboletas amarelas que chupavam o mel. Então mais tarde escrevi sobre estas borboletas amarelas e mostrei o texto a uns amigos críticos literários, que me disseram logo que não podia escrever aquilo, que aquilo era García Márquez. Mas eu vi-as, era pequeno, tinha sete ou oito anos, não sabia que García Márquez existia, não me importava nada tudo isto. Eram as minhas borboletas, mas passaram como que a ser dele. Vi-me obrigado a retirá-las do livro.

Mas essa angústia da influência não parece ter afectado tanto García Márquez, tão influenciado por Pedro Páramo, de Juan Rulfo.

Não o bloqueou, não. Talvez porque a principal influência sobre ele foi norte-americana. Ele leu muito [William] Faulkner e [Ernest] Hemingway, para além do Pedro Páramo, e essa influência sulista norte-americana foi grande sobre ele, as histórias de guerras e coronéis estão na obra dele.

Das gerações mais jovens, quais são os autores colombianos mais promissores?

William Ospina e Héctor Abad Faciolince são bons escritores, mas não são comparáveis a García Márquez. Nos últimos 30 anos foram, obviamente, escritos bons livros na Colômbia, mas nada ao nível do que escreveu García Márquez.

O esforço cultural da sua Embaixada é singular, ao financiar traduções de poesia e literatura colombianas em Portugal. Resulta de uma intenção sua, ou a estratégia antecede-o?

Quando cheguei a Portugal dei-me conta de que fazia falta mostrar mais a cultura colombiana aos portugueses. Fizemos logo uma exposição muito grande de obras de Fernando Botero, um importante artista da Colômbia. E a Casa da América Latina ajudou-nos muito nisso.

Há espaço para a cultura colombiana em Portugal?

Sim, muito. Fiquei muito satisfeito há dias, quando passei pelo Chiado e reparei que na montra da livraria Bertrand estava o livro de Juan Manuel Roca, Os cinco enterros de Pessoa.

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