Manuel Salgado apresentou planos de urbanismo

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Os Embaixadores do Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Panamá e Paraguai, bem como um responsável diplomático da Embaixada da Venezuela, estiveram no Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa (CIUL), no dia 29 de Maio, para um encontro com o vereador Manuel Salgado, da Câmara Municipal de Lisboa. Salgado falou dos planos camarários para a reabilitação urbana em Lisboa.

O vereador começou por recordar que Lisboa vem perdendo cerca de 100 mil habitantes por década desde a Revolução de 1974. Dada a sobrelotação do centro da cidade, o financiamento estatal e bancário à compra de habitação, cada vez mais pessoas passaram a residir nos arredores da capital, com “consequências desastrosas no ordenamento do território”, de acordo com Salgado. “A dispersão destruiu recursos naturais, gerou consumos energéticos altíssimos nas deslocações das famílias”.

Actualmente há em Lisboa, num total de 55 mil edifícios, cerca de 12 mil “em muito mau estado”, parte deles de propriedade camarária, para além de 2 mil edifícios vazios. A estratégia da CML passa por recuperar população para o centro da cidade, tendo para isso de garantir o “triângulo virtuoso” onde também inclui “mais emprego e melhor cidade”: instalar startups, melhorar a escola pública e as creches, aumentar a oferta cultural e apostar no multiculturalismo são alguns dos eixos dessa estratégia.

Salgado referiu que a reabilitação dos edifícios existentes é uma prioridade, quer para fins habitacionais quer para negócios. Segundo o vereador, a recuperação de edifícios em Lisboa está isenta de taxas: o IVA é de apenas 6%, o IMT é isento e o IMI isento nos primeiros cinco anos, com a possibilidade de ser prorrogado por outros cinco. Actualmente 95% das obras em Lisboa são de reabilitação, afirmou.

O edil lembrou ainda que há 10 anos não havia em Lisboa esplanadas ao ar livre. Recordou ainda obras marcantes da actual gestão camarária, liderada por António Costa, também Presidente da Casa da América Latina, como as intervenções no Terreiro do Paço e na Ribeira das Naus, já concluídas, mas também no Cais do Sodré, no Campo das Cebolas e no Terminal de Cruzeiros, planeadas para os próximos anos. O fio condutor das intervenções é, nas suas palavras, “reduzir o trânsito automóvel e aumentar as áreas pedonais” em Lisboa.

O Embaixador do Brasil, Mário Vilalva, elogiou a aposta da autarquia portuguesa na reabilitação urbana e salientou os estímulos fiscais concedidos num período em que Portugal enfrenta dificuldades financeiras. O seu homólogo do Panamá, Federico Richa-Himbert, elogiou a decisão camarária de eleger o porto de Lisboa como uma das áreas de intervenção prioritárias. Por sua vez, o Embaixador do Chile, Patricio Damm, solicitou informação detalhada sobre o plano da CML, de modo a transmiti-la a responsáveis políticos do Chile.

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